O que esperar de Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira
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Carlo Ancelotti, novo treinador da seleção brasileira, é um colecionador de títulos. Mas o que esperar do recordista de conquistas da Champions League no comando da equipe pentacampeã mundial?
Diplomacia. Ancelotti é conhecido por saber circular bem pelos bastidores, estabelecendo boa relação com jogadores e dirigentes.
Pragmatismo. Não convém imaginar um treinador revolucionário, porque o italiano nunca teve essa pretensão. O forte dele é montar sistemas sólidos, mas sem grandes variações ou propostas inovadoras.
Linha de quatro. O futebol europeu dos últimos anos tem experimentado bastante com linhas de três zagueiros, mas Carlo Ancelotti não entrou na onda. Seus times têm dois laterais e dois zagueiros — a famosa linha de quatro que, desde 2006, acompanhou a seleção em todas as Copas.
Meio-campo sólido. Ele não abre mão de ter dois volantes que saibam marcar; e um terceiro homem que também defenda. No Real Madrid, consagrou o trio Casemiro-Kroos-Modric. No Milan, teve Pirlo-Gattuso-Seedorf; no Bayern, Xabi Alonso-Vidal-Thiago.
Espaço para os craques. O italiano costuma usar o que tem de melhor: no Real Madrid, ele deu um jeito de colocar Bale, Ronaldo e Benzema juntos; no Milan, tinha um ataque com Inzaghi, Kaká e Shevchenko.
Titulares e reservas. Os times de Ancelotti costumam ser daqueles que o torcedor sabe de memória. Exceto por causa de lesões, as mudanças são raras.
Polivalência. Ancelotti não é um vanguardista tático, mas costuma encontrar novas funções para seus jogadores. Recentemente, diante das necessidades do Real Madrid, fez Federico Valverde e Eduardo Camavinga virarem laterais.
Comunicador. Em todos os países onde treinou — exceto a Alemanha — Ancelotti aprendeu o idioma e tentou comunicar-se com a imprensa e a torcida na língua local. É possível que já nas primeiras entrevistas ele arranhe um "portunhol" (ou um "portoliano"); o técnico também fala inglês e francês.
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