Novo pesadelo? Itália terá Haaland pela frente para voltar à Copa do Mundo
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A queda diante da Alemanha nas quartas de final da Liga das Nações, no domingo, não significou apenas o fim da linha para a Itália na competição bienal europeia. Ela definiu qual será o caminho da Azzurra para chega à Copa do Mundo de 2026.
E, na luta para voltar a um Mundial depois de duas ausências, os tetracampeões do mundo terão pela frente um dos melhores atacantes do mundo: Erling Haaland, que também tenta finalmente estrear no maior torneio do planeta.
Com o empate por 3 a 3 com a Alemanha (derrota por 5 a 4 no agregado), a Itália foi direcionada para o Grupo I das Eliminatórias. Noruega, Israel, Moldávia e Estônia completam a chave.
A Uefa terá 16 vagas da Copa de 2026: os 12 vencedores de grupos têm vaga direta. Os 12 segundos colocados participarão de um playoff — com mais quatro equipes definidas pelo ranking da Liga das Nações — que definirá as quatro vagas restantes.

A Itália chega como favorita de sua chave, mas a seleção da Noruega tem crescido e, além de Haaland, conta com jogadores da elite europeia como Martin Odegaard, destaque do Arsenal, e Alexander Sorloth, do Atlético de Madrid. A seleção nórdica estreou com vitória sobre a Moldávia, por 5 a 0, fora de casa. As Eliminatórias já começaram nesta Data Fifa, ainda sem os times da Liga das Nações.
A Itália fará sua estreia justamente contra os noruegueses, fora de casa, no dia 6 de junho. Depois, recebe Moldávia e Estonia, antes de jogar contra Israel (possivelmente em campo neutro, na Hungria).
O novo formato das Eliminatórias europeias é mais intenso e rápido que antes e durará apenas 8 meses — o último duelo dos italianos será em casa, contra a Noruega, em 16 de novembro.

Histórico mete medo
Olhando para a história das seleções do grupo, a Itália não deveria se assustar. Mas os dois precedentes — 2018 e 2022 — mudam a perspectiva. Nos dois casos, os italianos tiveram de ir à repescagem e acabaram eliminados.
Nas Eliminatórias para a Rússia, a Itália caiu no grupo da Espanha. Fez uma campanha que poderia classificá-la em outro grupo, mas acabou em segundo lugar, atrás dos espanhois. Na repescagem, perdeu por 1 a 0 fora de casa e empatou sem gols no San Siro, em Milão. Foi a primeira ausência italiana em um Mundial desde 1958.
Apesar do desastre, a seleção italiana se reergueu e conquistou a Eurocopa, em 2021, com direito a eliminar a Espanha nas semifinais e passar pela Inglaterra em Wembley na final — em ambos os casos, nas disputas de pênaltis.
Só que, meses depois, o desastre voltou a bater à porta. Nas Eliminatórias para o Qatar-2022, os italianos ficaram novamente em segundo do grupo, atrás da Suíça. Na última rodada, bastava vencer a já desclassificada Irlanda do Norte, mas o duelo terminou 0 a 0. Na repescagem, novo drama: derrota por 1 a 0 para Macedônia do Norte, com um gol aos 47min da segunda etapa — num duelo em que os italianos chutaram 37 vezes a gol, contra 4 do rival.
O desastre duplo acaba provocando estatísticas surreais. Duas delas: última vez que a Itália disputou uma Copa foi no Brasil, em 2014; e o último duelo em um mata-mata de Mundial foi na final de 2006, quando venceu a França nos pênaltis e sagrou-se tetracampeã.
Alemanha cai em grupo fácil
Vencedora do confronto das quartas de final da Liga das Nações, a Alemanha foi premiada com um caminho mais tranquilo: aterrissou no Grupo A das Eliminatórias, com Eslováquia, Irlanda do Norte e Luxemburgo.
Além de rivais que não devem causar problemas, os alemães terão dois jogos a menos no caminho rumo à Copa do Mundo, já que entraram num dos grupos com quatro seleções — à Itália, restou uma chave com cinco países.
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