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Vini estreia como melhor do mundo e mostra que pode ser novo protagonista

O primeiro jogo de Vini Jr. pela seleção brasileira como melhor jogador do mundo mostrou um novo e aguardado protagonista.

Três meses depois de ser premiado pela Fifa no The Best, o atacante mostrou no Mané Garrincha, contra a Colômbia, que pode repetir vestido de amarelo o que faz há anos com o uniforme branco do Real Madrid: atuações nem sempre regulares do início ao fim, mas com jogadas que desequilibram e resolvem os jogos mais complicados.

Diante dos colombianos, o camisa 7 foi exatamente isso: jogando com liberdade de movimento no ataque, como já acontece em várias partidas em seu clube, ele sofreu o pênalti que Raphinha transformou no 1 a 0, aos 4min; e depois, aos 54min da segunda etapa, marcou o gol da vitória por 2 a 1.

Entre um lance e outro, Vini errou e acertou. Não foi brilhante o tempo todo, porque seu estilo de jogo tem consequências: ele perde mais a posse de bola que os companheiros de ataque e erra mais passes que volantes e zagueiros — porque se arrisca mais e parte para cima dos rivais.

A torcida no Mané Garrincha e em todo o Brasil não deu sinais de que se importava com os erros, desde que o camisa 7 procurasse o jogo, pedisse a bola. E isso, Vini fez, mesmo com uma atuação coletiva pouco inspirada.

Às vésperas de um duelo tão importante pelas Eliminatórias, o técnico Dorival Jr. afirmou que o trabalho havia sido feito esperando Neymar, que não joga pela seleção desde outubro de 2023.

Vini Jr. comemora gol marcado pelo Brasil contra a Colômbia nas Eliminatórias
Vini Jr. comemora gol marcado pelo Brasil contra a Colômbia nas Eliminatórias Imagem: Evaristo Sá/AFP

Ao final da partida, com um estádio aplaudindo Vini Jr. em uma atmosfera catártica, o treinador da seleção talvez tenha se dado conta: o atual melhor do mundo é brasileiro. Por que o time não pode gravitar em torno dele?

Não foi a primeira boa atuação de Vinícius Júnior na seleção — na Copa América, contra o Paraguai, ele já havia sido decisivo. Mas foi de longe a mais importante: o gol, nos últimos movimentos de um jogo acidentado, fez a seleção sair da sexta para a segunda posição nas Eliminatórias.

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Quando deixava o campo, aplaudido de pé, para ser substituído, Vini teve que ser contido pelos companheiros para não reclamar da arbitragem. Caso levasse um cartão amarelo, ele estaria fora do duelo contra a Argentina, na terça-feira.

Jogar sem Vini Jr por um motivo tão banal é um luxo que a seleção brasileira não pode se dar. Diante de uma Argentina sem Messi, em Buenos Aires, só haverá um ganhador do prêmio de melhor do mundo em campo. E pela primeira vez em muito tempo, ele estará jogando pelo Brasil.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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