Oitavas da Champions mostram seleção brasileira longe da elite europeia
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As oitavas de final da Champions League começam nesta terça-feira com quatro jogos, incluindo o dérbi madrilenho entre Real Madrid e Atlético. Na quarta, outras quatro partidas completam os jogos de ida, com destaque para PSG x Liverpool e para o duelo alemão entre Bayern de Munique e Bayer Leverkusen.
O torcedor brasileiro que quiser ver meio-campistas e laterais da seleção em campo, em qualquer um dos confrontos, vai se decepcionar.
Na pré-lista de 52 nomes, divulgada na sexta-feira (28) pela CBF, há 22 jogadores das duas posições. Destes, 12 estão em equipes europeias que poderiam disputar a Champions League; mas nenhum deles joga em um dos 16 clubes que começam a fase decisiva nesta terça-feira. É desta lista que sairão os convocados para enfrentar Colômbia e Argentina, nas Eliminatórias da Copa do Mundo-2026.
A pré-convocação tem quatro laterais que atuam no futebol europeu, mas apenas três poderiam disputar a Champions League: Douglas Santos atua pelo Zenit, da Rússia, e os clubes do país estão banidos das competições da Uefa, em retaliação à guerra na Ucrânia.

Assim, restam três: Abner (Lyon) e Tetê (Fiorentina) defendem equipes que não se classificaram para o principal torneio europeu. Vanderson, do Monaco, viu sua equipe cair na repescagem contra o Benfica — ele não disputou a segunda partida por estar suspenso.
Entre os meias, a situação é ainda mais dramática: dos nove pré-convocados que atuam na Europa, só um disputou a edição 2024-25 da Champions League: trata-se do volante Éderson, da Atalanta, eliminada pelo Brugge na repescagem.
Os outros oito estão em equipes que não jogaram a Champions League. Mais do que isso: os times dos pré-convocados não disputaram competições nem de segundo escalão (Europa League) nem do terceiro nível (Conference League) organizadas pela Uefa.

O grupo tem Andrey Santos, do Estrasburgo, da França, e sete jogadores da Premier League: Andreas Pereira (Fulham), Lucas Paquetá (West Ham), Bruno Guimarães e Joelinton (ambos do Newcastle), e André, João Gomes e Matheus Cunha (todos do Wolverhampton).
São números que mostram um distanciamento entre os atletas brasileiros e os jogos mais importantes da temporada na Europa, considerada a elite do futebol mundial.
Atacantes salvam a lista
A situação de laterais e meio-campistas é extrema. Nas outras posições, os números são um pouco melhores. No total, dos 52 pré-convocados, 32 atuam em clubes aptos a disputar a Champions (dois jogam na sancionada Rússia), mas apenas 12 estarão em campo nas oitavas de final.
Os atacantes puxam a lista, com sete nomes: Vini Jr., Endrick e Rodrygo (Real Madrid), Raphinha (Barcelona), Gabriel Martinelli (Arsenal), Igor Paixão (Feyenoord) e Samuel Lino (Atlético de Madrid), que atua em diferentes posições — lateral, meia e ponta — mas foi pré-convocado como jogador ofensivo.
Entre os zagueiros, há mais quatro representantes da pré-lista nas equipes que seguem na luta pelo título da Champions League: Marquinhos e Beraldo (PSG), Gabriel Magalhães (Arsenal) e Alexsandro (Lille-FRA).
Já entre os goleiros pré-convocados, Alisson é o único que estará na reta final do torneio, já que o Manchester City, de Ederson, caiu na repescagem.
Outros brasileiros
As oitavas de final da Champions League terão ainda a presença de jogadores brasileiros que não estão na pré-lista de Dorival Júnior.
É o caso de cinco laterais: Yan Couto (Borussia Dortmund) e Arthur Augusto (Bayer Leverkusen), quem jogam pela direita; Mauro Júnior (PSV), Ismaily (Lille) e Carlos Augusto (Inter), que atuam na esquerda.
O grupo tem ainda atletas que têm sido pouco utilizados — como o goleiro Neto (Arsenal), o zagueiro Gustavo Marques e o atacante Arthur Cabral (ambos do Benfica) — além dos machucados Éder Militão (Real Madrid) e Gabriel Jesus (Arsenal).
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