Não é só no Brasil: gigantes europeus também sofrem baixas com 'vírus Fifa'
A lesão que encerrou a temporada do atacante Pedro, do Flamengo, durante os treinos da seleção brasileira, reabriu debates que surgem a cada Data Fifa: a relação entre clubes e seleções, o calendário de jogos cada vez mais desgastante e a sobrecarga de treinamentos ao longo da temporada.
Ao contrário do que possa parecer, o problema não é exclusivo dos clubes brasileiros, nem a seleção brasileira é a única vilã nessa história.
Na Espanha, as lesões de jogadores durante passagens pelas seleções ganhou até um nome: trata-se do "vírus Fifa".
Na atual Data Fifa, o tal "vírus" já preocupa alguns dos maiores clubes da Europa. Enquanto a bola rola ao redor do mundo, as equipes monitoram possíveis baixas.
Motorzinho machucado
A vitória de Portugal sobre a Croácia, na quinta-feira (5), foi histórica pelo gol 900 de Cristiano Ronaldo, mas acendeu o alarme no PSG: o volante Vitinha, titular absoluto do clube francês, deixou a partida com uma lesão e foi cortado para o duelo contra a Escócia, no domingo.
A seleção portuguesa não deu informações sobre a lesão ou o tempo de afastamento do jogador. Ele será reavaliado durante a semana, em Paris.
Gigantes espanhóis afetados
No Barcelona, a preocupação é com Dani Olmo. O meio-campista, única contratação do clube na janela de transferências, foi poupado do duelo entre Espanha e Suíça, no domingo, devido a uma pancada no joelho, sofrida no empate sem gols com a Sérvia, na quinta (5).
O Real Madrid, por sua vez, voltará da Data Fifa com mais dois jogadores no departamento médico (por enquanto): Éder Militão voltou da seleção brasileira com uma lesão muscular e o turco Arda Guler foi atendido e deixou o campo mancando após um empate sem gols com o País de Gales.
Os franceses Ferland Mendy e Aurélien Tchouameni foram convocados para duelos da Liga das Nações, mas acabaram cortados antes da partida contra a Itália. Só que, no caso deles, a culpa não foi do "Vírus Fifa": segundo a Federação Francesa, ambos sofreram as lesões no clube.
"Vírus" também chegou à Premier
Dois candidatos ao título da Premier League, Liverpool e Arsenal também foram afetados pelos jogos de seleções.
Depois da vitória por 3 a 0 sobre o Chile, o meio-campista argentino Alexis MacAllister teve uma sobrecarga muscular. Ele já está sendo monitorado pelo departamento médico do Liverpool e a tendência é que perca o duelo contra o Nottingham Forest, no sábado, pela Premier League.
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Quero receberNo Arsenal, o motivo de preocupação é o zagueiro italiano Riccardo Calafiori, que se machucou na vitória sobre a França. O jogador já foi liberado pela seleção italiana e voltou a Londres para ser examinado por médicos do clube.
A princípio, a lesão parecia grave — Calafiori deixou a partida após um choque com Ousmane Dembelé —, mas as primeiras informações são de que se trata apenas de uma pancada.
Lesões graves com seleções
O "vírus Fifa" não ganhou este nome por acaso: nos últimos anos, algumas das lesões mais graves de jogadores importantes do futebol mundial aconteceram em treinos ou partidas das seleções.
Para os brasileiros, o caso que primeiro vem à cabeça é Neymar: foi com a camisa amarela, contra o Uruguai, que ele rompeu o ligamento cruzado e o menisco do joelho esquerdo, em outubro do ano passado, na lesão mais grave da carreira.
Jogando pela Espanha, também em 2023, o meio-campista Gavi sofreu lesão semelhante. O atleta do Barcelona está em fase final de recuperação e deve voltar a jogar pelo clube em outubro, 11 meses após a ruptura dos ligamentos.
Na Copa América, foi o Uruguai que perdeu o zagueiro Ronald Araújo, do Barcelona: uma lesão na coxa direita tirou o defensor dos gramados — ele deve voltar entre outubro e novembro.
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