Brasil leva virada do Japão e perde amistoso de forma vexatória
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O problema não é perder pela primeira vez para o Japão, até porque a seleção ainda está em fase de testes, mas sim a forma como perdeu.
O Brasil fez 2 x 0 no primeiro tempo mesmo sem estar fazendo uma boa partida. Não teve a intensidade esperada, houve pouca movimentação e muitos toques para os lados, para trás e curtos.
Enquanto a seleção japonesa já demonstrava estar mais ligada no jogo e, mesmo tomando 2 x 0, mostrava-se mais agressiva e dinâmica.
Tomar a virada de uma equipe inferior depois de estar vencendo por 2 x 0, para mim, é vexame.
Também ficou claro que Ancelotti pode, sim, ter um time muito competitivo para a Copa do Mundo, mas não temos um elenco com todos os jogadores em alto nível.
Não temos condições de mudarmos oito jogadores de uma partida para outra porque o nível cai muito.
Acredito que essa derrota servirá para o Ancelotti abreviar a fase de testes e começar a definir uma base para o time titular.
Por exemplo: o Brasil fez ótima partida contra a Coreia do Sul e o Rodrygo foi, para a maioria, o melhor jogador em campo.
Então, deveria tê-lo mantido como titular contra o Japão, assim como a dupla de zaga Militão e Gabriel Magalhães, além dos volantes Casemiro e Bruno Guimarães e o atacante Vinícius Jr.
Assim, teria uma espinha dorsal do jogo anterior e poderia ir colocando outros jogadores caso fosse necessário ou quisesse observá-los.
Não temos mais uma geração de grandíssimos jogadores como já tivemos no passado, quando se podia fazer várias alterações que influenciavam muito pouco na performance da equipe.
Ele poderia ter colocado o Igor Jesus, por exemplo, para ter uma presença mais agressiva dentro da área, mas preferiu começar sem centroavante e depois colocar o Matheus Cunha.
Nesse jogo, Ancelotti que não temos um grupo tão talentoso assim.
Repito: acredito que teremos um time muito competitivo na Copa do Mundo, mas que não pode ter muitas mudanças de um jogo para o outro.
Na próxima data Fifa, os adversários serão africanos, portanto mais difíceis, principalmente na parte física.
Parece que serão, possivelmente, Tunísia e Senegal — seleções muito mais competitivas que as asiáticas.
Por responsabilidade da incompetência da CBF e de Ednaldo Rodrigues, estamos quebrando tabus negativos nesse ciclo praticamente perdido.
Perdemos pela primeira e segunda vez seguidas para equipes africanas, com Ramon Menezes como interino: Marrocos 2 x 1 Brasil e Senegal 4 x 2 Brasil.
E agora, com Carlo Ancelotti, perdemos pela primeira vez, com a seleção principal, para o Japão.
Porque, na Olimpíada de Atlanta, em 1996, no dia 21 de julho, perdemos por 1 x 0, com gol de Teruyoshi Ito, após a famosa trombada entre o zagueiro Aldair e o goleiro Dida.
Espero que esses tabus negativos tenham acabado.
Esta foi a escalação do Brasil naquela partida de 1996:
1 - Dida
2 - Zé Maria
3 - Aldair
4 - Ronaldo (zagueiro do Galo)
6 - Roberto Carlos
5 - Flávio Conceição
8 - Amaral
9 - Juninho Paulista
10 - Rivaldo
7 - Bebeto
11 - Sávio
Técnico: Zagalo
Entraram
15 - Zé Elias
18 - Ronaldo Fenômeno































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