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Renato mexe bem e o Fluminense vira um jogo dramático

O Renato Gaúcho montou um time para ir para cima do Ulsan pela segunda rodada do Super Mundial de Clubes da FIFA. Depois da ótima partida contra o Borussia Dortmund, jogando muito bem, assim como todos os brasileiros, a expectativa era de domínio total. E foi isso que aconteceu logo no início do primeiro tempo, mas o time perdeu uma enormidade de oportunidades, sem correr riscos, pois o time sul-coreano estava perdido na marcação, não conseguindo achar os atacantes do Fluminense.

Desperdiçou chances com o Ganso, Serna e Arias, até que saiu uma falta na entrada da área. Ficaram Ganso para bater de pé esquerdo e Arias de direita. Com o goleiro mal posicionado, o colombiano tricolor bateu muito bem no alto, marcando o gol que estava faltando. Pensei: "Agora será um massacre total do Fluminense", mas aconteceu o inesperado. O Ulsan empatou com Lee e virou com Sang nos acréscimos, indo para o vestiário vencendo por 2 a 1 de virada.

O Fluminense dominou o tempo todo, mas perdeu o foco defensivo, o que o time coreano aproveitou muito bem. O segundo tempo começou com o time do Renato tentando se impor, mas, na realidade, foi o Ulsan que teve três chances claríssimas para marcar o terceiro gol, mas perderam por preciosismo. O Fluminense continuou mandando no jogo, mas estava apressado, ansioso, errando passes e, mesmo com um volume muito maior, não conseguia clarear uma jogada para finalizar.

O Renato tirou o Serna e colocou o Keno para continuar com o drible e a velocidade pelo lado esquerdo, mas só conseguiu empatar aos 65 minutos, com o Nonato pegando a segunda bola na entrada da área e dando um tapa na bola, empatando a partida. Ou seja, foi uma jogada de dois jogadores que entraram no intervalo e deram mais agressividade com o Keno e mais chegada no ataque com o Nonato.

Só que o time do Ulsan também estava sempre pronto para agir no contra-ataque, e quando conseguiam, ganhavam na velocidade e criavam sérios problemas para a defesa tricolor. Claro que a diferença técnica e de experiência era grande, mas o Ulsan igualava o jogo na parte tática, na força física e no foco. Dois times com estratégias opostas, já que o Fluminense era favorito e tinha que agredir e criar as jogadas, enquanto o Ulsan precisava primeiro anular o ímpeto do tricolor para depois tentar surpreender. Esses duelos de estratégias táticas que estão acontecendo nesse torneio me agradam bastante.

Muitas escolas futebolísticas diferentes, não só pelos vários continentes das equipes, mas também pelas visões de futebol que os treinadores têm. É um torneio que está exigindo muito de cada treinador, pois todos estão fora da sua zona de conforto. Nessas diferenças, os jogos exigem muito esforço dos jogadores, tanto que o Fluminense tomou conta da partida o tempo todo, mas sofreu imensamente para fazer o terceiro gol, que só veio aos 83 minutos com o zagueiro argentino Freytes, depois de uma confusão na área. Como um centroavante, ele meteu o pé.

Foi um jogo duríssimo que o Fluminense só conseguiu vencer graças à entrega física de seus jogadores e às mexidas do Renato. Assim como Filipe Luís foi determinante para a vitória do Flamengo contra o Chelsea com as entradas de Bruno Henrique e Walace, o Renato também mudou o jogo com as entradas do Keno e do Nonato, que fizeram a jogada do gol de empate, tranquilizando o Fluminense para buscar a vitória. E, já nos acréscimos, foi a vez do Keno fazer o seu gol, matando o jogo e coroando as escolhas do Renato Gaúcho.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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