Espérance não é um adversário estranho para o Fla; eu já joguei contra eles
Nesta segunda-feira, na continuação da primeira rodada do Mundial de Clubes, jogarão Flamengo x Espérance da Tunísia. Mas se engana quem acha que essa será a primeira vez que se enfrentarão.
Depois de 7 anos entre Portugal (Porto) e Itália (Ascoli e Torino), eu voltei para o futebol brasileiro para defender o Flamengo.
Logo de cara, partimos para uma excursão pela Europa, onde jogamos em Portugal, Bélgica, Itália e uma partida na África.
Durante o período que ficamos na Itália, ficamos treinando em Roma e, entre dois jogos durante essa excursão, havia um espaço maior e surgiu a oportunidade de um amistoso na Tunísia. Como Roma e Túnis dava só 1h20 de avião, a direção do Flamengo achou viável fazer esse jogo porque o time da Gávea, em 1993, atravessava uma grave crise financeira e todo dinheiro que entrasse era muito bem-vindo. E fomos lá.
O amistoso seria contra o maior time do país, chamado Espérance, e me lembro como se fosse hoje, porque chegamos no sábado, um pouco antes do almoço, num calor absurdo.
Na sombra estava uns 35 graus. Almoçamos e fomos para o quarto descansar porque estávamos numa maratona incrível — tinha jogo a cada três dias, em cidades diferentes.
Jogamos em Brugges (Bélgica), Milão, Gênova, Régio Emília (Itália), Ilha da Madeira (duas vezes diferentes) e Lisboa (Portugal).
Tentamos descansar o máximo e beber muita água para, no domingo à tarde, encararmos esse jogo debaixo de um sol para cada um.
Vencemos por 1 x 0 com gol do Marcelinho Carioca, numa partida que não foi transmitida para o Brasil, mas que pode ser encontrado os melhores momentos no YouTube com narração em árabe.
O único veículo da imprensa brasileira que transmitiu o jogo foi a Rádio Tropical, que foi convidada pela direção do Flamengo para acompanhar essa excursão, que inclusive tinha o narrador João Guilherme nessa equipe. E foi aí que o conheci e convivemos esse tempo, e foi super legal.
O Flamengo, nesse jogo, foi a campo escalado pelo Sr. Evaristo de Macedo dessa forma:
Adriano, Fábio Baiano, Junior Baiano, Rogério e Piá (Junior); Fabinho, Marquinhos, Luis Antônio e Marcelinho Carioca (Índio); Casagrande e Nélio (Magno).
Depois de 32 anos, esse confronto se repetirá, mas agora valendo pontos e pela primeira edição do Mundial de Clubes.
Opinião
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