A camisa 10 de Pelé precisará ir para a UTI depois que Neymar a vestiu
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Os argumentos e a missão da imprensa e dos anônimos que passam pano para o Neymar Jr. mudaram.
Neymar Jr: A Missão 2.
Vamos culpar o elenco do Santos, o presidente, a diretoria e dizer que ele "faz tudo o que pode", mas os outros jogadores não têm tamanho para jogar ao seu lado.
Está ficando feio, ridículo, esse comportamento de desviar a atenção para o NADA que Neymar Jr. fez pelo Santos até agora, junto com a falta de respeito, descaso e soberba com que ele trata um clube histórico, o eterno time de Pelé.
Neymar Jr. surgiu, brilhou, encantou no Santos com a camisa 11 e assim também foi no Barcelona. Mas depois que foi para o PSG e quis a 10, nada mais aconteceu.
Neymar Jr. e a camisa 10 não fazem parte da mesma história.
Com a camisa 11, ganhou um tricampeonato paulista (2010, 2011, 2012), uma Copa do Brasil (2010), uma Libertadores jogando pelo Santos (2011) e a Recopa Sul-Americana (2012).
No Barcelona, também com a camisa 11, porque a 10 era de Messi, ganhou diversos títulos importantes como La Liga (2014/15, 2015/16), três Copas do Rei (2014/15, 2015/16, 2016/17), Liga dos Campeões (2014/15), sendo um dos artilheiros e fazendo gol na final contra a Juventus, além de um Mundial de Clubes da Fifa (2015).
Já quando forçou para ir ao PSG por achar que seria "o cara" do time francês, para ganhar Bolas de Ouro, entra a história da camisa 10.
Por que não quis jogar com a camisa 11 como sempre?
Porque queria se comparar ao Messi, querendo a camisa eternizada por Pelé, a camisa do craque do time.
Neymar Jr. não queria ser o grande craque do PSG com a camisa 11 porque, para ele, isso não o colocaria no mesmo patamar do craque argentino. E convenhamos, ele nunca chegou perto do Messi.
Foi muitas vezes campeão na França, mas o PSG já era campeão da mesma forma antes dele. Porém, na Champions, fora a final de 2021, nada aconteceu.
Só um detalhe: o PSG jogará a final da Champions 2024/25 contra a Inter de Milão, em Munique, no sábado (31), e o camisa 10 é Dembélé, com grande chance de ser o Bola de Ouro da temporada, dependendo de seu desempenho nessa final.
Voltando ao Neymar Jr.:
Na janela de 2023, o PSG anunciou que não queria mais contar com o "camisa 10", e não apareceu nenhum gigante europeu querendo contratá-lo.
Tudo o que se falou na época — interesse do Bayern de Munique, Chelsea, Juventus, Manchester City — foram especulações e algumas jogadas ao vento para valorizá-lo.
Só ao Barcelona que ele mesmo se ofereceu, e o clube não quis, como já deixou claro nesta semana que não tem o mínimo interesse em sua volta.
Foi para o Al-Hilal, com a camisa 10, e mesmo antes de romper o ligamento cruzado já não jogava nada e nem decidia jogos.
Mesmo assim, a "camisa 10 amarelinha" era dele até o jogo com o Uruguai, quando teve a grave contusão.
Daí em diante foi um show de deboche, desinteresse, falta de respeito e de comprometimento explícitos.
Não se preocupou com nada e, logo após a cirurgia, foi para um navio jogar pôquer até de madrugada e ficar com os parças.
Não estava nem aí até chegar ao ponto de o treinador Jorge Jesus dizer: "Não conto com o Neymar porque ele não acompanha os demais jogadores".
Isso feriu o ego dele e mexeu com o emocional da imprensa passadora de pano. Muitos saíram dando diagnósticos, discordando do Jorge Jesus, mesmo sem estarem lá vendo os treinos.
Alguns falaram: "O Jorge Jesus tem bronca dele, porque o Neymar está 100% para jogar".
Claro que, depois dos acontecimentos, esses caras sumiram. Nem tocam no assunto Neymar. "Se não der para passar pano, é melhor ficar calado" é o lema dessa turma.
Pois bem.
Pouco tempo antes de voltar ao Santos, Neymar Jr. mandou seu recado publicamente ao presidente Marcelo Teixeira: "Presidente, aposente a camisa 11 até eu voltar".
Opa, clareou a sua mente, pensei comigo.
Que nada. Quando as negociações começaram a andar, o recado mudou: "Quero a camisa 10", com a justificativa de homenagear o Rei Pelé.
Chegou e foi aquela festa descabida, exagerada e com reações surpreendentes de jornalistas. Mas, para o torcedor santista anônimo, foi um marco, mesmo porque os mais jovens nunca viram um grande craque do Santos jogando pelo time.
Mas foi só a festa mesmo. Porque seu comportamento foi o mesmo de sempre. E olha que o valor que ele ganha de um time falido como o Santos era para ele só pensar em jogar, treinar, se recuperar para justificar o esforço.
Mas que nada.
A Kings League, o Carnaval, as festas são muito mais importantes do que o Santos. E seus parças são muito mais importantes do que seus companheiros e torcedores.
No domingo (18), os torcedores santistas viram seu time perder para o maior rival, o Corinthians, enquanto Neymar Jr. estava na final com "seu time", a Fúria, sendo campeão da importantíssima Kings League, emocionado, chorando, dando apoio para os "seus jogadores".
Mas, na quinta-feira (22), voltou a jogar 25 minutos em Maceió, contra o CRB, pela Copa do Brasil, e obviamente não conseguiu ajudar o Santos, que foi desclassificado.
Ele não demonstrou tristeza ou emoção. Não teve choro, nada disso. Apenas deixou claro, com a maior frieza: "Não sei ainda se vou renovar".
Muito diferente da relação emocional que demonstrou com a Fúria.
Neymar Jr. não está nem aí para o Santos. Não tem envolvimento emocional algum. Sua importância é quanto entra em sua conta.
No Al-Hilal ganhou uma fortuna imensa e não deu retorno algum, e agora está fazendo o mesmo com o Santos.
Ganha, supostamente, 21 milhões por mês no Santos e não deu nada de retorno prático até agora.
Nenhum grande jogo, nenhum gol decisivo, nenhum confronto com grandes times, a não ser uma derrota para o Corinthians por 2 x 1 durante o Campeonato Paulista. Mas na semifinal estava no banco, fazendo caras e bocas para as TVs.
Neymar Jr. acredita plenamente que é mais importante que a história do Santos Futebol Clube.
A histórica camisa 10 do Pelé precisa ir para a UTI depois que Neymar Jr. a vestiu.
Estamos presenciando o maior descaso de um jogador com um clube, com um país e, o pior, com o próprio futebol.
Vamos acompanhar as patéticas tentativas de passadas de pano, de valorização de seus "súditos", com A Missão.
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