Uriah Heep entregou tudo em um show incrível para um apaixonado por rock

Viajaram por toda a história da banda, com o guitarrista Mick Box sendo o único original desde 1967.

Falando no Mick Box, sempre que se debate sobre os melhores guitarristas do rock and roll, ele quase sempre é deixado de lado, mas dessa noite em diante, para mim, Mick está entre os grandes da história.

O vocalista Bernie Shaw, que entrou em 1986, é simplesmente maravilhoso. Com a voz aguda e perfeita, interação gostosa com o público e um grande domínio de palco.

Cantou todos os clássicos como se fosse a primeira vez e fez a gente se sentir dessa forma.

Phil Lanzon trouxe a magia do rock psicodélico, às vezes progressivo, e fez uma viagem através dos teclados, também na porradaria, e foram várias.

Sem ficar para trás, o baterista Russell Gilbrook, que entrou em 2007, demonstrou ser um monstro na bateria. Colocou ainda mais peso com muita competência e foi um dos destaques desse show.

E o último a entrar na banda foi o excelente baixista Davey Rimmer, em 2013, e era o gás que faltava para o grupo manter a força e o entusiasmo que sempre tiveram.

Sem dúvida alguma, os pontos fortes foram os clássicos. "The Wizard" é uma viagem psicodélica sendo uma das grandes músicas do rock and roll em todos os tempos, pelo menos para mim.

E depois de tocarem quase tudo, eu falei para o ex-goleiro do Corinthians Sollito, meu companheiro de título em 1982, e para meu outro parceiro de shows, Márcio Canuto, que não sairia dali sem ouvir "Easy Livin'".

Pois bem, foi um dos grandes encerramentos de show que já vi na minha vida. E, obviamente, esse espetáculo terminou com uma performance deslumbrante de "Easy Livin'".

Imperdível para qualquer apaixonado por rock. Nesse sábado (12) tem mais Uriah Heep no Brasil, desta vez será em Curitiba.