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OpiniãoEsporte

Raphinha pipoca em Buenos Aires, e o Brasil toma um baile da Argentina

Fazia muito tempo que eu não via uma diferença técnica, tática, de postura e de personalidade de equipe tão grande como agora entre Brasil e Argentina.

O time do Lionel Scaloni é absurdamente melhor que o do Dorival Jr.

Não vimos a cor da bola desde o início do jogo, e em 12 minutos a Argentina fez dois gols com Julián Alvarez e Enzo Fernández, mas desde os 7 minutos a torcida já gritava "olé".

A Argentina marcava forte, tocava a bola com precisão, com todos se movimentando muito e sem medo de aparecer para o jogo.

Pausa para uma pergunta: alguém viu o Raphinha por aí?

A cada ataque argentino era um sufoco enorme para a defesa brasileira; parecia um time de adultos de azul e branco contra um de criancinhas de verde e amarelo.

Dá gosto de ver esse time argentino jogar. Mesmo com uma falha do zagueiro Romero, que deu a chance para o Matheus Cunha marcar, a Argentina continuou superior.

O mérito do Matheus foi ter apertado a saída de bola para forçar o erro e se aproveitar disso, mas a diferença entre os times continuou abissal.

Mesmo com a seleção brasileira equilibrando o jogo, a Argentina mandou no primeiro tempo inteiro.

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Toca para um lado, toca para o outro e fica esperando o momento certo para agredir como fez para o Mac Allister marcar o terceiro gol argentino.

O meio-campo da seleção argentina colocou a nossa seleção na roda com muita facilidade.

Pausa para uma pergunta: O Raphinha entrou em campo? O "falador" foi o pior jogador em campo no primeiro tempo.

Além de se esconder do jogo, errou tudo porque claramente sentiu a pressão e não bancou o que falou.

Foi uma aula de futebol coletivo e de personalidade, tanto da equipe quanto individual da seleção da Argentina.

Terminar o primeiro tempo 3 x 1 saiu baratíssimo para a seleção brasileira. A Argentina é a melhor do mundo nesse momento e me pareceu até mais forte sem Messi.

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Apareceu a força coletiva de uma equipe com grandes jogadores carregados de confiança, que, com o Messi em campo, se sentem na obrigação de tocar todas para ele.

Para voltar para o segundo tempo, Dorival Jr fez três alterações: Léo Ortiz no lugar do Murillo, que realmente sofreu nesse jogo. Saiu Joelinton e entrou João Gomes. E Endrick entrou no lugar do Rodrygo.

A enorme incoerência do Dorival Jr em relação ao Endrick é evidente. Parece de propósito; ele só coloca o Endrick em roubadas.

Em casa com a Colômbia, ele não entra, mas contra a Argentina em Buenos Aires, ele coloca o garoto.

Mesmo com as mexidas, nada mudou porque a Argentina continuou mandando no jogo e buscando gols o tempo todo.

Parecia um treino em que o Lionel Scaloni estava ensaiando as jogadas de bola parada contra um time reserva que só fazia sombra.

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Pausa para uma pergunta: o Raphinha estava em campo?

O Brasil continuou sendo bombardeado em todo ataque argentino porque eles marcavam pressionando e saíam com toques rápidos, pegando a defesa brasileira sempre desarrumada.

As imagens que mostravam Dorival Jr na área técnica deixavam claro que ele estava totalmente perdido, sem saber o que fazer.

Tão perdido que ficou assistindo à Argentina colocando o Brasil na roda até fazer o quarto gol com Simeone e o vexame aumentando.

Pausa para uma pergunta: o Raphinha viajou para Buenos Aires?

Foi um dos maiores vexames da história do futebol brasileiro. Não foi 7 x 1 porque a Argentina não quis; se quisesse, faria até mais. E tome olé, olé, olé, olé, merecidamente.

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A diferença entre Lionel Scaloni e Dorival Jr é enorme e o jogo mostrou isso. Dorival Jr tomou um enorme nó tático do Scaloni nesse jogo em Buenos Aires.

A Argentina foi melhor em tudo.

Atitude: Argentina 10 x 0 Brasil.
Personalidade: Argentina 10 x 0 Brasil.
Técnica: Argentina 10 x 0 Brasil.
Tática: Argentina 10 x 0 Brasil.

O Dibu Martinez não tinha uma noite tão tranquila como essa fazia tempo. Se divertiu, fez embaixadinhas e curtiu o show de um lugar privilegiado.

Depois dessa vergonha, precisa mudar tudo, começando pelo Dorival Jr. Não dá para ele continuar sendo o treinador da seleção brasileira porque não sabe mais o que fazer. Foi um massacre.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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