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Marquinhos tem memória seletiva, seleção não gosta de jogar contra ninguém

Muitas coisas irreais saem da boca dos jogadores quando tem coletiva da seleção brasileira. A Milly já escreveu sobre uma delas.

Eu vou na fala do zagueiro Marquinhos, que afirmou que jogar contra a Argentina é o tipo de jogo que o Brasil gosta de jogar. Só se for esse jogo contra a Argentina porque a seleção brasileira não joga nada faz muito tempo, inclusive contra a própria bicampeã da copa América e campeã mundial de 2022.

O Marquinhos deve ter uma memória seletiva ou delirante porque essa seleção não gosta de jogar contra ninguém.

Perdemos para a Argentina na final da Copa América de 2021, no Maracanã, com gol do Di Maria. E nessas eliminatórias também perdemos por 1 x 0 no mesmo Maracanã, só que com gol de Otamendi.

A minha pergunta ao Marquinhos é a seguinte: Qual jogo depois da Copa do Mundo do Catar que a seleção brasileira gostou de jogar?

O nosso problema maior é que os nossos jogadores, quando estão na seleção brasileira, vivem num universo paralelo.

Vencemos a Colômbia por 2 x 1 jogando muito mal, sem evolução alguma, e só o Bruno Guimarães foi lúcido o suficiente para reconhecer que a seleção havia tomado um nó tático dos colombianos. Porém, não demorou muito para as falas desconexas com a realidade voltarem nas coletivas.

A seleção do Dorival Jr até agora não mostrou para a torcida brasileira qual é o jogo que eles gostam de jogar. Nós só iremos evoluir e gostar de jogar contra alguém quando tivermos um pouco de humildade e pararmos de nos comportar como se jogássemos o melhor futebol do mundo.

Temos condições de ganhar da Argentina em Buenos Aires? Sim, mas precisamos muito mais de um padrão de jogo, personalidade de equipe, confiança, um futebol mais intenso e muito mais agressivo. Porque ganhar jogando mal não leva uma seleção alguma a lugar algum, principalmente quando o treinador ignora a juventude talentosa para ficar chamando sempre os mesmos.

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A seleção brasileira precisa mudar muito e não só de atitude, mas também nas próximas convocações e escalações. O Dorival Jr pode começar já na partida contra a Argentina colocando Wesley como titular da lateral direita, Murillo como zagueiro titular na ausência do Gabriel Magalhães e pelo menos, durante o jogo, colocar também Endrick e Estêvão, os maiores representantes da escola futebolística brasileira talentosa e jovem que o Dorival Jr. está empacando.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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