André Carrillo é o cara que dá dinâmica e ritmo ao Corinthians
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Entre todas as contratações feitas no ano de 2024 pelo Corinthians, na minha visão, o melhor de todos foi o peruano André Carrillo. Claro que Hugo Souza, Memphis, Garro e Martinez também foram ótimas contratações e determinantes para a evolução do time, mas vejo no Carrillo o cara que faz tudo rodar. O equilíbrio técnico e tático do time é o peruano quem dá, enquanto Garro è o líder criativo.
Um jogador que foi um pedido de Ramón Díaz, pois já havia trabalhado com ele no Catar. Carrillo é um meio-campista espetacular, pois se posiciona muito bem, tanto jogando como primeiro ou segundo volante, quanto aberto na direita, fechando a descida do lateral e entrando para o meio.
É um jogador que desarma muito bem, fazendo pouquíssimas faltas. Com isso, o Corinthians consegue ter uma posse de bola interessante. Na minha visão, Carrillo é também o cara que dita a dinâmica do jogo e coloca ritmo no time do Corinthians. Já está muito claro que, quando Ramón decide deixá-lo no banco, o time cai muito no volume de jogo.
Nessa primeira partida da final do Campeonato Paulista, apesar de Memphis Depay ter dado o passe para Yuri Alberto marcar o gol da vitória, o melhor em campo foi André Carrillo.
Classificação e jogos
Eu gosto muito de usar, numa análise sobre um jogador de futebol, o item "inteligência futebolística", porque não são todos os jogadores que têm essa virtude, mas Carrillo tem de sobra. É um cara que consegue ler rapidamente o jogo que está disputando, portanto, sabe muito bem a hora de acelerar o passe e o momento de cadenciar o jogo. Por isso, digo que ele é o termômetro do time na questão da dinâmica.
Além disso, faz uma ótima dupla com o venezuelano José Martínez, que é mais marcador e chega mais junto, enquanto Carrillo é sutil na roubada de bola. Ele me lembra muito o Biro-Biro na forma como participa do jogo em todos os setores. Assim como meu companheiro Biro-Biro, Carrillo também se movimenta muito pelos espaços do campo, sendo um grande "ladrão de bola" com muita sutileza; por isso, faz poucas faltas.
Podemos defini-lo também como o motorzinho desse time do Corinthians, porque, com ele em campo, o funcionamento é positivo, e sem ele, o funcionamento é negativo. Para se ter uma ideia, no jogo que definiu a eliminação na Libertadores, lá em Guayaquil, perdendo por 3 a 0 para o Barcelona, ele estava no banco, entrou no intervalo e foi com ele em campo que o Corinthians teve alguma chance de, pelo menos, fazer um gol.
Se tem um jogador que Ramón Díaz não pode deixar de fora desse time do Corinthians, ele se chama André Carrillo.
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