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Memphis exigiu a camisa 10, mas seu futebol está nota 5 no Corinthians

Memphis Depay está começando a ver o outro lado de jogar no Brasil, mas principalmente como é ser jogador do Corinthians, que tem uma torcida enorme, vibrante e exigente, que dá total apoio aos seus jogadores, mas que cobra muito.

Memphis não está jogando nada em 2025 e agora começa a pesar negativamente toda a sua exposição. Porque no futebol tudo tem dois lados da moeda. Ir à quebrada, assistir a futebol de várzea e ser atencioso é muito legal, e acho que os jogadores deveriam ter essa interação, mas funciona quando o time ganha e o jogador joga bem.

Assim como a vida festiva é aceita quando se vê entrega e retorno na hora de jogar, o que não vem acontecendo. Estão pegando também todas as suas exigências contratuais, principalmente tirar a camisa 10 de Rodrigo Garro e dar para ele. Quem tem tantas exigências precisa oferecer algo em troca, e no caso do futebol, é ser decisivo nos jogos importantes.

A torcida já está torcendo o nariz para o estilo de vida de Memphis Depay e para todas as suas exigências. Ele é o maior salário do elenco e precisa fazer a sua parte no negócio, mas não está fazendo.

Terá a final do Campeonato Paulista contra o grande rival Palmeiras, e o resultado será o termômetro para medir até onde vai a paciência da fiel torcida. Primeiro, o time não vence nada desde 2019. Segundo, se o Palmeiras vencer, será o primeiro tetracampeão do estado na era do futebol profissional, em plena Neo Química Arena, diante de mais de 40 mil corintianos, e isso será inaceitável para a torcida.

Pelo que estou acompanhando, o foco negativo dessa situação está sendo o fraco futebol de Memphis Depay e o excesso de compromissos sociais, mais conhecidos como festas. Todos têm o direito de sair, curtir e se divertir, mas precisam "se bancar", e isso Memphis não está fazendo.

Mas não é só ele que está no olho do furacão, porque Ramón Díaz e sua comissão técnica estão na corda bamba, e não tenho dúvidas de que a sua permanência dependerá dessa final. Ramón salvou o time do rebaixamento e levou até a pré-Libertadores, mas também foi muito mal em todos os mata-matas que disputou.

Em 2024, foi eliminado da Copa do Brasil pelo Flamengo e da Sul-Americana para o Racing, jogando mal e sendo uma presa fácil. E em 2025, caiu vergonhosamente para o Barcelona de Guayaquil, mas já havia ido muito mal contra a fraquíssima equipe venezuelana UCV.

Enfim, a lua de mel da torcida com Ramón Díaz e Memphis Depay pode estar chegando ao fim e dependerá dessa decisão com o Palmeiras.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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