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'Setembro 5', 'Babygirl' e 'Anora' são filmes que mexem com nosso emocional

No último fim de semana, fiz mais uma maratona de sala de cinema para assistir ao máximo de filmes indicados ao Oscar 2025, ou não.

Na última sexta-feira (31), fui assistir a "Setembro 5", que é um filme/documentário sobre o ataque terrorista do grupo Organização Setembro Negro durante as Olimpíadas de Munique, 1972, contra atletas israelenses.

É uma obra muito bem feita, com roteiro e direção geniais e desafiadores. O roteiro é bem direto, sem nenhuma história paralela, e começa exatamente entre 5 e 6 de setembro, nas datas dos atentados.

A história foi contada por meio da visão dos jornalistas do canal ABC que cobriram ao vivo todo o sequestro. É incrível e difícil as decisões tomadas em momentos em que eles tinham as imagens em tempo real, que foram transmitidas para todas as TVs do mundo. Aquela imagem do sequestrador com máscara de esqui que aparece na varanda do quarto dos reféns, e todas as outras que ficaram para a história, saíram desses jornalistas.

Morreram 17 pessoas neste terrível atentado: seis treinadores, cinco atletas israelenses, um policial da então Alemanha Ocidental e cinco terroristas do Setembro Negro. Aliás, o termo "terroristas" surgiu nesse atentado.

O filme divide, em um ponto de equilíbrio, a ficção com as imagens originais. Com direção de Tim Fehlbaum, esse filme é uma produção conjunta entre Alemanha e Estados Unidos. "Setembro 5" foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original.

Babygirl
Babygirl Imagem: Divulgação

Já no sábado (1º), assisti novamente ao filme "Babygirl", com Nicole Kidman, Harris Dickinson e Antonio Banderas. O filme aborda diversos transtornos sexuais psicológicos, como fetiches, dominação, manipulação e humilhação.

Mas, principalmente, da relação doentia entre a diretora de uma grande empresa de robótica (Nicole Kidman) e o estagiário (Harris Dickinson), de uma forma intensa, selvagem, mas também com um certo comportamento psicopata do estagiário Samuel. Banderas é um diretor e autor de peças teatrais e marido de Nicole.

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Bom, qualquer coisa a mais, eu darei spoiler de partes importantes do filme. Vale muito a pena, porque a gente se envolve com a história.

Anora
Anora Imagem: Divulgação

Mais à noite, assisti a "Anora", indicado ao Oscar de Melhor Filme. É uma comédia/drama/romance muito divertida e interessante. Envolve uma dançarina de night club com um jovem russo totalmente infantilizado, manipulador e que gosta de se divertir, independentemente de ferir alguém emocionalmente ou não.

Quem assistiu a "Era uma vez em Hollywood", do Quentin Tarantino, logo identificará a atriz Mikey Madison, que interpreta a bailarina Ani. Ela fez o papel daquela garota seguidora de Charles Manson que, no final, o personagem de Brad Pitt joga a lata de comida de seu cachorro no rosto, e depois ela é queimada pelo lança-chamas do personagem de Leonardo DiCaprio.

Bom, é um filme muito divertido, mas que também mexe muito emocionalmente com a gente, porque começamos a torcer por ela nessa história. Eu adorei o filme, mas não é do mesmo tamanho que "Conclave" e "Ainda Estou Aqui" para ganhar o Oscar de Melhor Filme.

Então é isso, passei um fim de semana cinematográfico e indico mais três filmes para vocês: "Babygirl", "Setembro 5" e "Anora".

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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