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OpiniãoEsporte

É uma delícia assistir ao Flamengo de Filipe Luís jogar

A Supercopa começou com um temporal inacreditável, até quando o gramado suportou. É preciso registrar que a drenagem do Mangueirão é incrível, dado o volume de água que caiu em Belém neste domingo (2).

Vimos o jogo porque é uma delícia assistir ao Flamengo do Filipe Luís jogar. Um time com uma intensidade técnica incrível. Quando tem a bola nos pés, o Flamengo toca para frente, com muita velocidade e movimentação dos jogadores. Mas, quando a bola está com o adversário, a marcação é pressão na saída de bola, tirando todo o espaço para se jogar.

Muitas vezes durante a partida, o Gerson, o cérebro criativo do time, estava na direita; outras vezes, estava pelo meio ou pela esquerda, deixando seu marcador enlouquecido. Sem contar que ele dita o ritmo e a dinâmica da partida, decidindo quando o Flamengo tem que acelerar ou cadenciar o jogo. Gerson é um jogador que tem uma classe para jogar futebol que vale a pena pagar o ingresso para vê-lo em campo.

Assim como Bruno Henrique, que tem uma presença decisiva e uma facilidade para bater na bola, tornando-se imparável com o mínimo espaço pela frente. Foi assim que sofreu e bateu o pênalti, fazendo 1 a 0, mas principalmente no golaço que fez, aumentando o resultado para 2 a 0. Uma batida de primeira, com muita facilidade, mesmo em um campo liso como estava o Mangueirão.

Na realidade, Bruno Henrique foi o cara do primeiro tempo, fazendo jogadas por todos os lados do ataque. O Wesley também se destacou bastante pelos avanços em velocidade e pela movimentação, indo para o fundo, às vezes em diagonal, e até pelo lado esquerdo, fazendo algumas jogadas. O time do Flamengo todo fez um primeiro tempo muito bom; tanto que vale destacar também o De La Cruz e o Plata, que deixou o Gerson na cara do gol com um passe mágico, além do ponta-esquerda Michael.

Verdade seja dita, o Botafogo não viu a cor da bola, só correndo atrás do toque do time rubro-negro. O time da Estrela Solitária foi para o intervalo perdendo de 2 a 0, resultado que poderia ter sido maior, sem levar perigo real ao goleiro Rossi.

O segundo tempo também foi dominado pelo Flamengo, só que com uma intensidade menor, mas ainda com uma pressão interessante. A defesa do Rubro-negro fez uma grande partida, pois, todas as vezes que o Botafogo conseguiu atacar, e na maioria delas com cruzamentos, tanto Léo Ortiz quanto Léo Pereira ganharam todas as jogadas aéreas importantes.

A diferença técnica e de elenco entre Flamengo e Botafogo é gigantesca a favor do Rubro-negro. Filipe Luís tem uma enormidade de grandes jogadores nas mãos e, quando mexe no time, mantém o mesmo ritmo. Tanto que o terceiro gol foi marcado por Luiz Araújo, que tinha acabado de entrar, numa roubada de bola na saída da defesa botafoguense. Essa é uma diferença importante e desfavorável ao Botafogo.

Enquanto Filipe Luís tem o time nas mãos, conhecendo perfeitamente seus jogadores, o treinador do Botafogo, Carlos Eduardo Leiria, demorou uma eternidade para mexer no time e, quando pensou nas trocas, ficou sem saber o que fazer. A experiência, nessas horas, pode fazer a diferença. Leiria mexeu muito tarde no time, tanto que o melhor momento do Botafogo foi depois das trocas, e uma delas foi a entrada do Patrick de Paula, que acabou fazendo o gol de honra.

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Não é uma coisa simples treinar um grande time numa final contra um rival histórico. É preciso ter experiência para decidir rápido o que fazer e, o mais importante, ter convicção nessas horas.

Para finalizar o texto, o trabalho de Filipe Luís está sendo espetacular nesse seu início como treinador profissional. Sua mentalidade ofensiva, pensando sempre em atacar, e suas mexidas são sempre para deixar seu time mais agressivo. Os donos do jogo foram Gerson por ditar a dinâmica da partida com muita classe e técnica e obviamente o Bruno Henrique pelos dois gols que fez.

Flamengo campeão da Supercopa Rei!

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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