Conclave nos mostra que a total certeza é o caminho mais curto para o erro

Aproveitei meu tempo livre no final de semana para ir ao cinema no último sábado (25) assistir a "Conclave", que considero o grande rival de "Ainda Estou Aqui" na briga pelo Oscar de melhor filme.
Já havia lido muito sobre o filme antes mesmo de sua estreia, na última quinta-feira (23).
"Conclave" leva quem assiste a refletir muito sobre diversos conflitos que acontecem na trama de suspense político dentro do Vaticano durante a eleição para escolher um novo papa.
O filme aborda também a disputa de poder envolvendo diversos cardeais, que possuem diferentes visões políticas e sociais, em torno da escolha para o posto máximo da igreja católica.
Com atores como John Lithcow e Sergio Castellito entregando boas atuações, uma frase dita pelo cardeal Thomas Lawrence, interpretado por Ralph Fiennes, me chamou a atenção.
"Desejo que o cardeal que vença não tenha certeza de nada. Porque quem tem absoluta certeza está mais próximo dos grandes erros, a dúvida nos deixa em alerta para acertar mais."
Isso para mim fez muito sentido, porque faz tempo que penso dessa maneira. Quem tem a certeza de tudo age com impulsividade, porque nem leva em consideração a possibilidade de estar errado.
"Conclave" mostra relações internas no Vaticano que nós não temos nem ideia que acontecem, mas que sempre imaginamos, e que a disputa política dentro da igreja chega a ser dura e perigosa
Achei um filme incrível, com ótimo roteiro, que te prende e te deixa tenso sempre esperando algo forte acontecer.
Enfim, "Conclave" é um filme imperdível para quem se envolve em tramas de suspense ao estilo Agatha Christie como eu.
'O Mágico de Oz' ao som de 'The Dark Side of the Moon' é psicodelia linda
Já no domingo (26), antes de comentar o clássico São Paulo X Corinthians pelo UOL, fui a um tradicional cinema de rua aqui em São Paulo chamado Belas Artes para assistir um espetáculo incrível.
O filme em exibição era "O Mágico de Oz", com direção de Victor Fleming, que estreou nas salas de cinema do Brasil em 18 de dezembro de 1939. Lembrei muito dos meus pais, porque sempre me contavam sobre esse filme quando eu era criança, e a primeira vez que vi foi ao lado deles.

Quem não se emociona com a personagem Dorothy, interpretada pela genial Judy Garland? Mas não foi só isso, porque o espetáculo chamado Bela Sonoriza ainda tem um detalhe marcante.
Enquanto o filme rolava na tela, uma banda no palco tocava sons do disco "The Dark Side of the Moon", da excelente banda cover Pink Floyd Dream. Em alguns momentos rolava o áudio original do filme, enquanto em outros eu assistia à psicodelia do filme ao som de "Time" e "Money", por exemplo.
Quando Dorothy cai de cima do cercado desequilibrada toca a música "On The Run". Quando a bruxa está chegando, a banda entra com "Time". A música "The Great Gig in The Sky" entra num momento de suspense. Já o barulho da caixa registradora de "Money" entra quando Dorothy pisa pela primeira vez na estrada dos tijolos amarelos.
Foi uma das experiências mais incríveis que já vi como espetáculo, é uma viagem inacreditável na ligação de "O Mágico de Oz" com "The Dark Side Of the Moon"
Caso este espetáculo aconteça na cidade de vocês, não percam, porque é maravilhoso.
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