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Entre contradições e incoerências, Brasil desesperado enfrenta o Chile

A seleção confusa, indecisa, perdida, entra em campo mais uma vez nesta quinta-feira (10), em Santiago, contra o Chile. Com convocações contraditórias e algumas com critério duvidoso, estamos em 6º lugar na classificação, com um futebol bem fraco até agora.

Acho estranho convocações de jogadores que estão na reserva de seus times, como por exemplo Fabrício Bruno (Flamengo) e Beraldo (PSG).

Quero deixar claro que não contesto a qualidade desses jogadores, mas a situação de momento. Penso o que deve passar na cabeça de jogadores da posição que são titulares de seus times, como Murilo (Palmeiras) e Léo Ortiz (Flamengo), que inclusive Fabrício Bruno é seu reserva.

Outra convocação contraditória é a de Andreas Pereira, que foi chamado para o lugar de Vinicius Jr., machucado.

Vini é um atacante de velocidade, agressivo, é o grande atacante brasileiro do momento, e para seu lugar, Dorival Jr. chama um meio-campista, segundo volante, que não tem nada a ver com a posição.

Vão dizer que ele passou o Rodrygo para atacante pela esquerda e o Andreas foi para o seu lugar no meio. Mas e o Gabriel Martinelli? Ele foi convocado para a reserva do Vinicius Jr., então, por respeito e coerência, ele deveria jogar pela esquerda.

O que pode passar na cabeça de Gabriel Martinelli? Se não sou titular mesmo com a contusão do Vinicius Jr., jogarei quando?

Em relação à escalação do Igor Jesus como centroavante, não vejo nenhum mal nisso, já que ele está em ótima fase e não tem nenhum titular absoluto para a posição de centroavante.

Fico pensando também na situação do Endrick, que apesar de ter só 18 anos, já deveria ter tido mais chances como titular da seleção.

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Na minha visão, deveria ter jogado na Copa América pelo que havia feito nos amistosos, fazendo três gols em quatro jogos:

  • Inglaterra 0 x 1 Brasil
  • Espanha 3 x 3 Brasil
  • México 2 x 3 Brasil
  • EUA 0 x 0 Brasil

Mas não foi dessa maneira que o Dorival Jr. viu, e daí em diante comecei a contestar os critérios de avaliação do treinador.

Outra situação é a insistência com Danilo na lateral e com Paquetá como titular do meio-campo.

No caso do Danilo, acho que já deu o que tinha que dar na seleção e que não foi nada disso.

Paquetá está lento, empacando a dinâmica do meio-campo, tocando muito para os lados e para trás. Além disso, pesa contra Paquetá e Luiz Henrique, atacante do Botafogo que também foi convocado, o escândalo envolvendo manipulação de jogos.

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As acusações e as provas são pesadíssimas e eles deveriam esperar a conclusão das investigações fora da seleção brasileira, já que até pix de familiares de Paquetá para Luiz Henrique foram mostrados.

Enquanto isso, Gerson (Flamengo) arrebentou nos dois últimos jogos com Filipe Luís, mostrando muita criatividade, velocidade no raciocínio, esbanjando classe e passes precisos.

Diferentemente do Paquetá, o Gerson é o cara que coloca a dinâmica agressiva na equipe rubro-negra.

A seleção brasileira de Dorival Jr. jogará com as duas piores seleções das eliminatórias e, além de ter que vencer as duas partidas, precisará apresentar um futebol, no mínimo, mais agradável.

A última vitória foi por 1 x 0, gol do Rodrygo, contra o Equador, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, mas fez uma péssima partida.

A seleção não atrai mais ninguém, não tem identificação com a torcida, e isso já vem acontecendo há muito tempo.

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Na minha opinião e na de muita gente, Dorival Jr. está perdido no comando da seleção brasileira, e isso aumenta com contradições e critérios estranhos na hora das convocações.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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