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Vitória magra, futebol fraco e esperança zero: isso é o futebol da seleção

O futebol que a seleção brasileira vem apresentando é simplesmente medonho.

Uma equipe lenta, que toca para trás e para o lado a maior parte do tempo, com inúmeros chutões para frente. Não consegue envolver nenhum adversário, nem mesmo jogando em casa.

Dorival Júnior demonstrou-se incapaz de soltar essa seleção, pois escala sempre da mesma forma e, quando mexe, não muda nada.

Na Copa América, contra a Costa Rica, jogou com dois volantes e ontem (6), contra o Equador em casa, fez o mesmo.

Para que dois volantes contra equipes que só vão se defender, que não pretendem atacar e que ficam satisfeitas se perderem por 1 a 0?

Como pode um treinador ver que seu time não tem agressividade, trocar cinco jogadores e 'morrer' com dois centroavantes no banco (Endrick e João Pedro)?

Escalou a equipe sem centroavante, com Rodrygo fazendo o chamado falso 9, dessa forma o Brasil não teve presença de área o jogo todo. Rodrygo marcou um gol chorado e mais nada aconteceu.

O segundo tempo foi ainda mais assustador, com a seleção brasileira jogando toda atrás como se fosse um time pequeno jogando fora de casa.

Vinicius Jr. fez uma das suas piores partidas na seleção brasileira. Um meio-campo com zero criatividade, com uma lentidão de raciocínio irritante e que não chegava na área adversária por nada nesse mundo. Lucas Paquetá não está merecendo ser titular da seleção há muito tempo e talvez nem ser convocado.

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A defesa na hora de sair jogando é assim: Alisson toca para Danilo, que passa para Marquinhos, que passa para Gabriel Magalhães, que toca para o Arana, que devolve para o Alisson, que por sua vez começa tudo de novo. Esta sequência de passes sem sentido, sem evolução, acontece todas às vezes em que o time vai iniciar uma jogada. Isso ocorre na partida com frequência.

O Brasil, entre as grandes seleções do mundo, tem a menor intensidade de jogo.

A única coisa que mexe comigo positivamente é ter a certeza de que lá naquela ponta-direita vai acontecer coisas boas, com o Luiz Henrique e com o Estêvão.

Dorival Jr. convocou dois centroavantes: Pedro e Endrick. Infelizmente, o camisa 9 do Flamengo teve uma séria contusão e foi cortado, com João Pedro sendo chamado em seu lugar.

Pedro seria o titular contra o Equador, mas com seu corte, a lógica e a coerência mostraram que Endrick entraria em seu lugar, certo?

Não. Dorival convocou jogadores que, por algum motivo desconhecido, ele insiste em não colocar.

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Dorival, qual é o seu problema com o Endrick?

Na terça-feira (10), o Brasil joga com o Paraguai, em Assunção, que empatou sem gols com o Uruguai, em Montevidéu.

Se, em casa, contra um adversário mais fraco, como o Equador, o time não conseguiu criar oportunidades e apenas se defendeu no segundo tempo, o que esperar quando jogarmos fora de casa?

Se, em casa, Dorival Júnior escalou dois volantes e optou por não utilizar um centroavante, quantos volantes ele deverá escalar contra o Paraguai?

Não tenho dúvidas de que a seleção irá para a Copa do Mundo de 2026, mas com um futebolzinho de dar dó.

A seleção fez uma péssima partida, mas o pior em campo foi o Dorival Júnior.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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