Palmeiras sofre 1º grande baque e põe culpa em falta de atenção
O Palmeiras sofreu o primeiro grande baque em abril, tratado como mês decisivo por Eduardo Baptista e comissão técnica. A derrota por 3 a 0 para a Ponte Preta, no duelo de abertura do confronto semifinal do Campeonato Paulista, tem um motivo, pelo menos na visão do próprio elenco. Para o grande teste deste mês até aqui, o atual campeão nacional entrou ‘desligado’.
A passividade palmeirense no Moisés Lucarelli assustou Eduardo Baptista, Felipe Melo, Fernando Prass, Dudu e Zé Roberto. Técnico e quatro dos principais líderes do elenco alviverde diagnosticaram o grande problema na derrota que complica o futuro do clube no campeonato estadual.
“Fomos passivos, e isso não tem nada a ver com nervosismo. O porquê é a resposta que temos de buscar no sábado. Isso não pode acontecer mais. (...) A Ponte veio para o jogo da vida. Temos de reverter primeiro a mudança de postura nos treinos, em conversas”, afirmou o treinador palestrino.
Este diálogo nos treinamentos será iniciado a partir da manhã de quarta-feira. A comissão técnica optou por promover dois dias de folga para o grupo, após a semana de jogos pela Libertadores e Paulista. De acordo com o clube, o descanso era programado antes mesmo do 3 a 0 contra no Moisés Lucarelli.
O tamanho da desastrosa atuação palmeirense pode ser medido ao comparar os últimos resultados negativos do atual campeão nacional. A queda em Campinas no domingo foi a pior desde o inesquecível (de maneira negativa) 27 de março de 2016, data na qual o Água Santa superou o Palmeiras pelo placar de 4 a 1, no início da Era Cuca.
A Ponte Preta demorou exatos 33min para construir o 3 a 0 do final de semana. Foram dois gols anotados antes dos dez minutos – William Pottker e Lucca -, em lances que, na visão do próprio elenco, evidenciaram a passividade do Palmeiras fora de casa.
“Entramos desligados e tomamos gol no começo”, resumiu o capitão Dudu depois do resultado negativo. “A gente não teve intensidade. O 3 a 0 complicou muito”, reiterou Fernando Prass.
Análise parecida acabou exposta pelo volante Felipe Melo, sincero quanto às críticas ao desempenho da equipe. “Obvio que não entramos ligados como deveríamos ter entrado. Parabéns para a Ponte Preta que soube aproveitar isso. Da mesma forma que eles fizeram o resultado aqui [Campinas], também podemos fazer em casa também”, sentenciou.
Apesar da confiança demonstrada por Felipe Melo, o Palmeiras precisa superar a Ponte Preta por quatro gols de vantagem para avançar à decisão. Sob o comando de Eduardo Baptista, o placar necessário ocorreu apenas uma vez: 4 a 0 sobre o Linense, ainda em fevereiro.
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