Topo

Baptista tira exemplo de final com Corinthians em 2008 para evitar 'zebra'

Eduardo Baptista viveu na pele ser a surpresa; agora assume o papel de favorito - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Eduardo Baptista viveu na pele ser a surpresa; agora assume o papel de favorito Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

31/03/2017 14h33

Melhor equipe da fase de grupos do Campeonato Paulista, o Palmeiras entra na fase de mata-mata como o principal favorito ao título. O primeiro grande teste na etapa final da competição está marcado para este domingo, às 19h (de Brasília), diante do Novorizontino, em Novo Horizonte, e Eduardo Baptista quer evitar qualquer chance de surpresa.

Diante do enorme favoritismo diante do rival do interior, o treinador palmeirense contou uma história pessoal para trabalhar este lado psicológico com o elenco. Quando era apenas preparador físico do Sport, Eduardo Baptista lidou com sucesso com o status de ‘zebra’ diante do Corinthians, na final da Copa do Brasil de 2008.

“O Corinthians tinha uma equipe melhor que o Sport, mas o favoritismo ficou na conversa, no jornal e no computador. Dentro do campo, o Corinthians pegou um time aguerrido. O Sport pegou o favoritismo dado ao Corinthians, passamos tudo isso para eles. Eles reverteram isso contra o time importante”, afirmou o treinador.

“O Corinthians era favorito, era apontado como o melhor por todos e tinha ganho por 3 a 1 em São Paulo. Pelo que falaram, tinha até passagem marcada para Brasília, onde visitariam o [ex-presidente] Lula. Foi o que chegou para a gente em 2008”, relembrou.

Aquela lição será inserida no trabalho psicológico da equipe nos próximos dois dias. Eduardo Baptista fechou o treinamento desta sexta-feira para trabalhar taticamente a equipe, que viaja a Novorizonte depois do trabalho deste sábado, na Academia de Futebol.

O papel de favorito, apontado por todos, deve ser administrado e, principalmente, comprovado dentro de campo, conforme repetiu por algumas vezes o comandante palmeirense na entrevista desta sexta-feira.

“No papel, pode ser [favoritismo do Palmeiras], mas tem que comprovar em campo. Precisa ter uma imposição. Teremos uma logística complicada, vamos ficar a 100 km de Novo Horizonte e chegaremos apenas na hora do jogo, já que a cidade não tem um hotel que abriga a delegação. São coisas que pesam, mas este favoritismo precisa ser colocado no campo”, declarou.

“Respeito é jogar e marcar para você não tropeçar e tentar entender o que aconteceu. (...) É aumentar um pouquinho a concentração para as chances serem convertidas e você não lamentar depois”, encerrou o treinador palmeirense.

O Palmeiras encarará o Novorizontino em duas partidas na próxima semana. No domingo, às 19h (de Brasília), ocorre a ida no interior. A volta será no Pacaembu, na próxima sexta-feira, às 21h.