Como Mattos ajudou a blindar E. Baptista em meio a 1º 'teste de fogo'
Eduardo Baptista passou pelo primeiro teste ‘de fogo’ do Palmeiras com louvor. Em quatro partidas, três vitórias (São Paulo, Jorge Wilstermann-BOL e Santos) e um empate (Atlético Tucumán-ARG) serviram para afastar a pressão externa sobre o treinador. Internamente, no entanto, o cenário era completamente diferente, inclusive nos momentos mais difíceis.
Dois fatores tranquilizaram o treinador: a autoconfiança e a manutenção da rotina do dia a dia. Mesmo no momento de maior pressão, após a derrota para o arquirrival Corinthians (1 a 0), quando o Palmeiras atuou mais da metade da partida com um homem a mais, o suporte da diretoria de futebol auxiliou o trabalho do dia a dia.
Eduardo Baptista e a diretoria, especialmente Alexandre Mattos, possuem contato praticamente diária, segundo apurou o UOL Esporte. O treinador troca ideias com os dirigentes, que, por outro lado, dão a autonomia para o treinador decidir qual caminho seguir.
A pressão externa nunca entrou na Academia de Futebol graças a esta rotina, responsável por blindar o treinador, agora ainda mais respaldado pela evolução e os resultados conquistados nas últimas duas semanas.
“Nunca fiquei assustado, preocupado. Tenho um cara aqui, o Alexandre Mattos, que me deixa muito tranquilo. A pressão de fora não entra aqui, eu me preparei para estar aqui, sou muito equilibrado e estou focado no campo”, afirmou o comandante palmeirense.
“O Palmeiras tem tanto trabalho, que se você ficar preocupado com pressão, com tudo que ronda, você perde o foco. Não tenho essa preocupação e o foco é no trabalho apenas”, acrescentou Eduardo Baptista.
Fora o apoio da diretoria de futebol, os jogadores também aprovam o trabalho do dia a dia de Eduardo Baptista, tão ressaltado por quem está no clube. Fernando Prass, um dos líderes do atual elenco e o principal ídolo dos torcedores, é elogioso para com o treinador.
“A gente analisa de uma forma diferente do torcedor. O torcedor não está aqui para ver o treino, não vive o nosso ambiente. Torcedor age com a paixão, com a emoção; de repente, chega em casa, senta no sofá e muda de opinião na hora do resultado, da arquibancada”, amenizou Prass.
“Não entramos no jogo para provar que o Eduardo é um bom treinador, isso será demonstrado pelo nosso trabalho”, complementou o goleiro palmeirense.
A confiança do elenco reflete muito o perfil do treinador. Eduardo Baptista é um estudioso, um ‘nerd’ do futebol. Antes do trabalho em campo, o treinador analisa vídeos – do próprio time e do adversário – e repassa as informações de maneiras minuciosas para o elenco.
Até detalhes não passam pelo atual treinador, como, por exemplo, para qual lado um jogador adversário prioriza o drible. Esses fatores agradam ao elenco e permitem a Eduardo Baptista se sentir tranquilo em relação ao próprio trabalho, mesmo diante da desconfiança de parte dos torcedores.
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