Após grande atuação na Vila, Prass almeja retorno à seleção brasileira
A quebra do jejum de seis anos sem vitórias do Palmeiras na Vila Belmiro passou pelas mãos de Fernando Prass. O goleiro se destacou diante do Santos e foi fundamental para o placar favorável de 2 a 1, em atuação que novamente despertou perguntas sobre o desejo de o camisa 1 retornar à seleção brasileira. O sonho, aos 38 anos, segue vivo, aliado a outro desejo: a renovação de contrato.
“Tem jogadores que possuem uma carreira fenomenal, mas não foram para a seleção, mas fica como se estivesse faltado algo. Eu penso obvio em jogar na seleção. (...) Obvio que sonho e não deixarei de sonhar até o dia em que parar de jogar”, declarou o goleiro, dono de um discurso ponderado em relação a retornar ao time nacional.
“Não posso pensar muito em longo prazo [Copa do Mundo]. Estamos em 2017, e tenho contrato com o Palmeiras até o final do ano. Tenho de fazer o melhor possível para renovar com o Palmeiras, assim as coisas virão naturalmente”, disse Prass, que possui contrato com o atual campeão brasileiro até o final do ano.
A atuação do último domingo ajuda Prass a cumprir os dois objetivos. Segundo números do Footstats, o camisa 1 palmeirense fez oito defesas, sendo cinco consideradas difíceis.
O sonho de Fernando Prass passa também para apagar uma frustração da carreira. A grave lesão adquirida no ano passado, responsável também por tirá-lo da maior parte da campanha vitoriosa do Palmeiras no Campeonato Brasileiro da Série A.
No ano passado, ele seria o goleiro titular do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas uma fratura no cotovelo direito, confirmada minutos antes do último amistoso da seleção, tirou o goleiro da delegação brasileira e permitiu a Weverton, do Atlético-PR, assumir a camisa 1.
O goleiro atleticano, herói ao defender um pênalti na disputa pelo ouro, segue no grupo de Tite, enquanto Prass, no momento, quer novamente chamar a atenção da comissão técnica.
“Tenho que ter uma performance boa para ser lembrado novamente. Enquanto estiver jogando em um time grande como o Palmeiras, o jogador tem o direito e o dever de sonhar com a seleção. Você trabalha para chegar na seleção”, sentenciou Prass.
Para concretizar o sonho de retornar e, enfim, jogar pela seleção brasileira, vale até atuar em partidas na qual Eduardo Baptista pensa em poupar atletas, como nos confrontos diante de Mirassol (quarta-feira) e Audax (sábado), pela fase de classificação do Paulista – o Palmeiras já está garantido nas quartas de final.
“Descansei cinco meses no ano passado [em virtude da lesão]. Foi muito. Descansei para o resto da carreira já [risos]”, concluiu Fernando Prass.
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