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Baptista apoia críticas da torcida: Tem que reclamar se não vê bom futebol

Do UOL, em São Paulo

16/02/2017 21h57

O técnico Eduardo Baptista afirmou não se incomodar com a pressão da torcida palmeiras. Durante a vitória contra o São Bernardo, por 2 a 0, nesta quinta-feira (16), os presentes no estádio se mostraram impaciente com a dificuldade da equipe em abrir o placar. Em determinado momento, a principal organizada do clube criticou o atual comandante e gritou o nome de Cuca.

“Foram 25 mil pessoas, numa quinta-feira. Se eles não veem um futebol, têm que reclamar, jogar o time para cima. A gente lida muito bem com isso. A gente não pode querer resolver com a torcida, tem que resolver no campo”, afirmou.

Questionado sobre uma possível implicância da torcida palmeirense com seu trabalho, Eduardo Baptista negou. Antigo treinador da Ponte Preta, ele foi contratado para substituir Cuca, então campeão brasileiro.

“Não é implicância, não. É função minha fazer a equipe jogar. A cobrança da torcida é para ver o time campeão de 2016 jogando. Sei da responsabilidade, da pressão, do peso de tudo isso. Não me incomoda, só me motiva. Não pode atrapalhar nem a mim nem aos jogadores. Se estou aqui, é porque fui escolhido pelo campeão brasileiro, assim como os jogadores”.

Durante a entrevista, Baptista afirmou que já tinha conhecimento sobre a pressão que enfrentaria ao assumir o comando do Palmeiras e negou que a vitória tenha dado alívio. “Não é alívio, porque não estou sufocado. Sabia da pressão que enfrentaria, estava preparado. Poderia não ter grandes atuações, me preparei. A gente sabe da pressão. Fizemos um grande segundo tempo e vamos trabalhar em cima dele”.

Confira outras declarações de Eduardo Baptista:

VOLTA DE MOISÉS

“Moisés foi um jogador muito importante. Optamos neste início fazer um trabalho diferenciado de parte física. Lógico que não volta no nível ideal. Ele superou as expectativas, aguentou bem. Ele movimenta o time, tem liderança. Vai evoluir ainda fisicamente, tecnicamente. A perna pesa, acaba sofrendo um pouquinho. Mais um jogador que a gente ganha”.

TIME IMPACIENTE?

“Não é impaciente, é aquela ânsia de fazer certo. As chances são criadas. Tivemos boas oportunidades no primeiro tempo. No segundo eu nem contei. Foram 20 finalizações acho, oito no gol. Gera ansiedade, a torcida lota o estádio, empurra. Ansiedade em fazer a coisa certa para que as coisas aconteçam. É um início. Estamos controlando bem essa ansiedade. Que bom que fizeram um jogo bom. E é trabalhar. No domingo já temos outro jogo. Vamos ter quatro, cinco jogos em nove dias. Temos que tentar manter o equilíbrio. Conseguimos ter esse equilíbrio no segundo tempo. Temos que dar sequência”.

MINA

“Ele está voltando. Fisicamente, está recuperado. Mas o Edu (Dracena) vive grande momento, e eu tenho que respeitar isso. Fez mais uma partida importante. Tenho que dar uma sequência. Serão muitos jogos agora. É pesado, vão jogar todos na hora certa. O Mina já está bem, treinando. Lógico que ainda longe das suas melhores condições, precisa jogar. Mas é uma opção muito forte também para utilizarmos mais para frente”.

CHEGADA DE BORJA

“Temos tempo até a Libertadores. É um jogador muito forte. Tem um poder de finalização muito grande, de direita, de esquerda, presença de área. Vai nos ajudar bastante. Esperamos contar com ele na Libertadores. É jogador importante, que vem para nos ajudar nessa longa caminhada".