Queda no Paulista abala ou ajuda? Corinthians de Tite já viu as duas faces
A eliminação do Corinthians de Tite pode seguir dois efeitos opostos. Após cair diante do Audax em plena Itaquera no último sábado, a equipe alvinegra pode usar o exemplo de 2012, quando a queda no Paulista não significou nada, ou o de 2015, quando a equipe patinou bastante até se recuperar e terminar a temporada como campeão do Brasileirão.
No primeiro exemplo, há quatro anos, o time de Tite caiu diante da Ponte Preta, nas quartas de final, e não se deixou abalar. Pelo contrário. Eliminou Emelec, Vasco, Santos e Boca Juniors sem perder mais nenhuma, até ser campeão da Libertadores. A derrota pra o time de Campinas no Estadual foi até benéfica em um sentido: as falhas do goleiro Julio Cesar o fizeram ser barrado do time, que estreou Cássio dias depois, nas oitavas de final.
No fim do ano, como todo corintiano já sabe, a equipe foi até o Japão para vencer o Chelsea e levantar a taça de campeão do mundo. E com Cássio se destacando e virando um dos ídolos do time (ouça também a análise de PVC e Carsughi sobre o Corinthians no Paulistão. Clique aqui).
Em 2015, em contrapartida, o efeito imediato foi devastador. Se até então a Arena em Itaquera era sinônimo de vitória quase certa, dali para frente, passou quase a ser um tabu negativo.
Depois de cair para o Palmeiras nos pênaltis, com Prass virando herói alviverde, Tite viu sua equipe sentir o golpe e perder para o São Paulo três dias depois, em jogo que poderia eliminar a equipe do Morumbi já na fase de grupos da Libertadores. Depois disso, seguiu mal e caiu contra o Guarani (PAR), nas oitavas de final do torneio sul-americano.
Depois da eliminação para o Audax, o técnico Tite quis evitar clima de caça às bruxas já deu sinais que seguirá o mesmo caminho para enfrentar o Nacional, pela partida de ida das oitavas de final da competição sul-americana, na quarta-feira. Disse que não deve promover mudanças na equipe.
"Eu entendo as perguntas, inclusive projetando mudanças. Mas não é o momento. O momento agora é de analisar a performance da equipe. Há uma série de aspectos que pesam. Se fosse um jogo de 180 minutos seria diferente. Em jogo de 90 minutos não dá para esperar para fazer mudanças", afirmou Tite logo após a queda para o Audax.
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