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Mais um capítulo? R. Oliveira e Prass pregam paz, mas ressaltam rivalidade

Prass e Ricardo Oliveira em lance da final da Copa do Brasil - Miguel Schincariol/AFP
Prass e Ricardo Oliveira em lance da final da Copa do Brasil Imagem: Miguel Schincariol/AFP

Diego Salgado e Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo

20/02/2016 12h00

Um desentendimento ainda em julho do ano passado resultou em uma troca de farpas constante entre Ricardo Oliveira e Fernando Prass. Sete meses depois e com ânimos mais calmos, o atacante do Santos e o goleiro do Palmeiras voltarão a ficar frente a frente neste sábado, em clássico válido pelo Campeonato Paulista.

Apesar de fazerem questão de colocar ponto final nas rusgas do ano passado, os jogadores ressaltam que a rivalidade histórica entre os clubes continua intacta. Ricardo Oliveira alega que não ficou com ressentimentos por causa das provocações dos atletas do Palmeiras após o título da Copa do Brasil, conquistado pelos palmeirenses na decisão por pênaltis no Allianz Parque no final do ano passado.

Apesar de residir no mesmo condomínio do goleiro Fernando Prass, um de seus principais desafetos na temporada passada, Ricardo Oliveira diz que a polêmica com o goleiro “faz parte do passado” e não acredita em clima hostil no clássico deste sábado.
 
“Não (conversei com o Fernando Prass). Vocês podem esperar dois profissionais defendendo seus clubes, ambos querendo ganhar. Nada mais que isso. Jogo de futebol que não se deve criar outra expectativa a não ser a de um grande jogo. Completamente superado. Sem ressentimentos. Faz parte do passado. Se intensificou um pouco mais por muitos jogos, normal, clássico com mais de 100 anos de rivalidade. Algo normal que acontece. Esperamos que um grande jogo de futebol prevaleça”, afirmou o atacante.

Em entrevista ao UOL Esporte logo depois do título da Copa do Brasil, o goleiro Fernando Prass desaprovou a atitude do atacante, que fez uma careta depois de um gol marcado em um dos jogos entre os times. De acordo com o arqueiro, os palmeirenses acertaram ao devolver a provocação durante a comemoração do título, ainda no gramado do Allianz Parque.

"Sem dúvidas. É a lei da física: toda ação tem uma reação. Ele teve uma atitude, que diz ele que não era para mim, mas a gente sabe que não. Ele não quis assumir. Mas tudo bem. Faz parte do futebol. Quem pode mais chora menos", afirmou Prass.

Para o goleiro, rivalidade existe entre todos os times e descartou uma rixa direta com Prass. "Não tenho rivalidade com ele. Minha rivalidade é com todos os adversários que vestem uma camisa que não é a do Palmeiras", disse o goleiro.
 
Durante as férias, os dois chegaram a se encontrar na fila do banco. A relação, por sua vez, foi amistosa."Eu estava no banco com minha filha e o Ricardo estava na fila também. Conversamos normalmente. Não sou amigo do Ricardo, não conheço ele, mas respeito é normal", ressaltou em entrevista ao SporTV.
 
Já Ricardo vê no clássico uma chance de dar a volta por cima depois de o Santos perder o título nacional para o Palmeiras nos pênaltis -- naquela partida, o atacante marcou o único gols santista da partida e ainda converteu sua cobrança.
 
"De ruim não tenho lembrança nenhuma (do Palmeiras). Temos grande oportunidade contra um grande adversário de apresentar a nossa melhor versão como equipe. Essa é a coisa boa. Trabalhamos em cima daquilo que não podemos fazer e sabemos da qualidade do adversário de sábado”, completou.