Algoz do São Paulo nos últimos anos, Elias dispensa aposta com Lucas: "é freguês"

24/03/2011 - 07h00

Elias vê Liedson como novo carrasco do SP e provoca Lucas: "é freguês"

Carlos Padeiro

Em São Paulo

Um dos principais responsáveis pela sequência de vitórias do Corinthians sobre o São Paulo nos últimos anos, o meia Elias torcerá à distância neste domingo. Mesmo assim, não deixa de provocar o rival do Morumbi por conta do tabu de 11 partidas sem vitória do time tricolor no clássico.

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Autor de cinco gols em Rogério Ceni entre 2009 e 2010, Elias ganhou a fama de carrasco dos são-paulinos. Na sua ausência, já que atualmente defende o Atlético de Madri, o ex-corintiano aposta em Liedson para brilhar no Majestoso.

“O Liedson vive uma fase boa, está fazendo gol em todos os jogos, e já marcou bastante gol contra o São Paulo em 2003. Se não for ele, vai aparecer outro carrasco”, declarou o atleta de 26 anos, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. Ele se referiu aos gols que o centroavante anotou na final do Paulista de 2003.

Na noite da última quarta-feira, enquanto os comandados de Tite ganhavam do Oeste por 3 a 0, Elias embarcou para Londres, onde se apresentará ao técnico Mano Menezes para o amistoso de domingo contra a Escócia. Lá terá o novato Lucas como companheiro, e já cutucou o são-paulino.

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UOL Esporte – O Lucas estará na seleção com você. Rola alguma aposta, alguma brincadeira com o novato?
Elias – Primeiro o Lucas precisa pagar a prenda dele na seleção, passar pelo teste, e depois a gente conversa. Mas não vou apostar nada, porque é freguês, e freguês sempre tem razão (risos).

Nota da Redação: Jogadores convocados pela primeira vez para a seleção brasileira, caso de Lucas, passam por uma espécie trote.

Acha que o Rogério Ceni ficará mais tranquilo por você não estar em campo, já que foi o carrasco do São Paulo nos últimos jogos?
Elias – Vai ter o Liedson, que vive uma fase boa e está fazendo gol em todos os jogos. Ele marcou bastante gol contra o São Paulo em 2003. Se não for ele, vai aparecer outro carrasco. Ele é o cara que está fazendo os gols, por isso aposto nele. Eu sempre fazia gol no São Paulo, e o pessoal apostava em mim.

Tinha um gosto, uma preparação especial para enfrentar o São Paulo?
Elias – Eu sempre me preparava bem para todos os jogos, mas a cobrança durante a semana era maior dos torcedores, então entrava com um pouquinho de motivação a mais. Entrava motivado nos clássicos, sempre fazia bons jogos, e isso fez a diferença nesses anos que a gente manteve o tabu.

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Qual jogo ou atuação mais te marcou contra o São Paulo?
Elias – Meu primeiro gol em clássico foi naquela semifinal do Paulista de 2009. A gente perdia por 1 a 0 e fiz o gol com um chute de dentro da área. Depois tirei uma bola em cima da linha. No segundo tempo, ajudei, cavei uma falta e o André Dias foi expulso. No fim o Cristian fez o gol da vitória. Foi uma das minhas melhores partidas pelo Corinthians. A partir dali fui bem nos jogos contra eles.

Você está preparado para assistir ao duelo de longe?
Elias – Fico muito nervoso, sofro muito. Uma vez eu estava suspenso, não joguei e sofri do lado de fora. Será assim de novo, ainda mais agora porque não é por cartão, nem porque estou machucado. Queria estar aqui para ajudar.

Vai conseguir ver o jogo?
Elias – Acho que sim. O jogo do Brasil é às 10h da manhã [de Brasília] e o clássico é às 4h da tarde. Acho que já estarei em Madri nesse horário e vou ver com os meus amigos lá.

Como analisa o Corinthians em 2011 após a eliminação na Copa Libertadores?
Elias – Foram duas derrotas no ano, contra a Ponte e aquela da Libertadores. Lógico que todo torcedor queria que o time estivesse na Libertadores, porque existe o sonho de ser campeão. A única partida que jogou mal foi contra o Tolima e saiu fora. Faltou a vitória em casa, porque colocou pressão para o jogo fora. Mas a equipe superou bem o que aconteceu, os jogadores estão conscientes do que têm que fazer e o time está jogando bem agora, o Tite é um excelente técnico.

Como está a vida na Espanha? Adaptou-se rapidamente?
Elias – O futebol na Espanha é diferente, mais corrido, e você precisa pensar rápido. Não tenho jogado muito na minha função, como terceiro homem de meio-campo. Atuo mais aberto, com mais liberdade para sair, e marco o lateral. Joguei nessa posição pela seleção, mas prefiro jogar como terceiro homem no meio. Mesmo assim quero continuar jogando para me adaptar e iniciar a próxima temporada melhor e na minha posição.

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