Sob olhares do Inter, Mazembe vence Pachuca e encara gaúchos na semi

Jeremias Wernek

Em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)

Em um jogo aberto, mas sem muita qualidade técnica, o Mazembe – da República Democrática do Congo, bateu os mexicanos do Pachuca por 1 a 0. O gol foi marcado ainda na primeira etapa, com Bedi garante avanço à semifinal. O resultado foi acompanhado de perto pela delegação do Internacional que esteve presente no estádio em peso. Com todos os jogadores, comissão técnica e Celso Roth.

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Mazembe e Inter se enfrentam na próxima terça-feira, às 20h (14h pelo horário de Brasília), no estádio Mohammed Bin Zayed, por uma vaga na decisão do Mundial, que acontece no dia 18 de dezembro. A delegação do clube gaúcho, que mudou a programação de treinos para poder ver de perto o futuro adversário só chegou ao palco da partida já com bola rolando.

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MAZEMBE ADMITE NÃO CONHECER O INTERNACIONAL

Fora do campo, a torcida africana roubou a cena. Cerca de vinte torcedores, caracterizados, e tocando instrumentos musicais, animaram o estádio Mohammed Bin Zayed. De pronto, os demais presentes se empolgaram. Alguns árabes correram pelas arquibancadas para ficar mais perto do grupo que ainda tinha alguns torcedores performáticos.

O Mazembe confirmou que usa força física, tem um ímpeto grande e partiu para cima do Pachuca desde o primeiro minuto. Bedi, Mihayo e Kabangu centralizavam as tentativas de conclusão em gol. Do lado dos mexicanos a resposta que demorou a surgir vinha, principalmente, com Manso.

Ao oito minutos, depois de imprimir forte ritmo ao jogo, os africanos tiveram sua primeira chegada de cara com o goleiro Calero. Após cruzamento da direita, Singuluma domina, gira só que chuta em cima de um zagueiro, quase no interior da pequena área. Ao Pachuca, a aposta nos contra-ataques.

INTER VIU DE PERTO ADVERSÁRIO DA SEMI

Celso Roth (canto esquerdo) observa jogo junto com jogadores do Inter no estádio em Abu Dhabi
Centroavante Alecsandro postou foto em seu Twitter oficial durante acompanhamento do jogo

Com 18 minutos o time do técnico argentino Pablo Marini deu sinais de crescimento. Manso recebe na entrada da área pela esquerda e, com espaço, arrisca batida colocada. Bola explode na trave e sai. Logo depois, Kabangu avançou para lançar Bedi no interior da grande área.

O meia bateu rasteiro e superou Calero abrindo o marcador. A torcida local rapidamente se identificou com o representante africano. Na tentativa de igualar o jogo, o Pachuca se propôs a jogar mais na frente. Aos 32, Manso bateu falta que desviou na barreira e quase mudou de direção. Antes do intervalo, o Mazembe ainda teve outra chance. Em contra-ataque pelo meio-campo, Singuluma lança Mihayo. Este bate procurando o canto oposto, mas sem sucesso.

Na volta do intervalo o Pachuca tomou as rédeas da partida, apertou o cerco e investia em bola aérea e na penetração pelo meio para conseguir marcar. Mas pecava no acabamento. Quando conseguia chutar melhor tinha a trave como inimiga.

Assim foi aos 16 minutos, quando Martinez bateu de fora da área, com muita força, e o travessão evitou o empate dos mexicanos. Aos poucos o Mazembe partia para contra-golpear, no entanto sem o mesmo fôlego do começo do jogo.

Antes do apito final, o Mazembe ainda teve um jogador expulso depois de levar o segundo cartão amarelo. Sunzu será ausência no confronto com o Inter, na terça. O Pachuca intensificou muito a pressão após ter um homem a mais em campo, teve chances vivas dentro da área, mas não conseguiu marcar.