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Cruzeiro tira lição dos últimos jogos para não repetir jejum dos anos 2000

Na primeira semifinal do Mineiro, Cruzeiro só ficou no empate por 1 a 1 diante do América - Divulgação/América-MG
Na primeira semifinal do Mineiro, Cruzeiro só ficou no empate por 1 a 1 diante do América Imagem: Divulgação/América-MG

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

23/04/2017 04h00

Acostumado a ver o time levantando taças, o que o torcedor do Cruzeiro mais espera de 2017 é reencontrar o caminho dos títulos. E o primeiro desafio do ano é o Campeonato Mineiro. Semifinalista do estadual, a equipe volta ao campo neste domingo para decidir com o América a vaga para a decisão. Vantagem à parte, todo cuidado é pouco para a Raposa que já amarga dois anos de ausência da decisão. Para não ficar no quase mais uma vez, o Cruzeiro se apega a alguns detalhes para selar a classificação e evitar repetir um jejum de 16 anos atrás.

No domingo passado, a equipe de Mano passou aperto no Independência e quase saiu derrotado na primeira semifinal para o América. O empate por 1 a 1 acabou ficando no lucro para a equipe que acusou o forte desgaste físico e não esteve em seus melhores dias. No meio da semana, outro sufoco, desta vez diante do São Paulo, pela Copa do Brasil. Os dois jogos provaram que ter o regulamento a favor não é sinônimo de tranquilidade em campo e serviram de alerta para possíveis surpresas.

"É semifinal, contra um time grande, que é muito bem treinado. Temos que estar muito ligados e respeitar muito o adversário. Nós sempre respeitamos o rival. São dois jogos. Na quarta-feira (contra o São Paulo) a gente viu que não é só um. Temos que ser melhor contra o América do que fomos no primeiro jogo pra avançar de fase", falou o atacante Rafael Sóbis.

Em caso de eliminação para o América, o Cruzeiro ficará três anos sem um título estadual. A última vez que isso aconteceu foi no início do século. Atlético e América se revezaram nas temporadas de 1999, 2000 e 2001 e dividiram a hegemonia estadual. Já a última ausência por três anos seguidos em uma decisão foi há mais de 60 anos. De 1948 a 1953, apenas Atlético, América, Villa Nova e Siderúrgica (de Sabará) estiveram presentes nas decisões.

"Temos que entrar para ser campeão de tudo. Nosso pensamento é este. Depois de dois anos sem títulos, é bom para nós, até por merecimento. Não ganhamos nada, futebol tem dessas coisas. Temos um clássico, um jogo muito grande. Do outro lado tem um rival que nos estuda e trabalha para vencer. Esperamos passar e voltar, depois de dois anos, a uma final estadual, será muito importante para nós", acrescentou o atacante.

Para chegar à final do Mineiro, o Cruzeiro só não pode sair derrotado no Mineirão para o América. Qualquer vitória ou empate classifica o time de Mano para a decisão contra Atlético ou URT, que decidem a outra vaga.

"Quando a temporada começou, nós traçamos alguns objetivos. Entre eles estava a disputa do Campeonato Mineiro, precisávamos voltar a disputar títulos. A frase era exatamente essa. E esse segundo jogo pode nos proporcionar chegar à final depois de dois anos de ausência. Trata-se de um objetivo traçado, estamos preparando a equipe para isso", pontuou o técnico Mano.

CRUZEIRO x AMÉRICA-MG
Data/Hora: 23/04/2017, às 18h
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Magno Arantes Lira

CRUZEIRO: Rafael; Mayke, Léo, Kunty Caicedo e Diogo Barbosa; Hudson, Henrique; Arrascaeta, Thiago Neves, Rafinha e Rafael Sóbis. Técnico: Mano Menezes.

AMÉRICA-MG: João Ricardo; Auro, Messias, Rafael Lima e Pará; Gustavo Blanco, Juninho; Renan Oliveira, Gerson Magrão, Hugo Almeida e Felipe Amorim. Técnico: Enderson Moreira.