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Volante Fabrício reconhece que gosta de provocar os seus adversários

11/05/2011 - 07h01

Fabrício admite provocar adversários, diz que não exagera e ironiza Mancini

Gustavo Andrade
Em Belo Horizonte

Depois de ver entrevista em que o meia-atacante Mancini, do Atlético-MG disse que ele foi responsável por tumultuar o primeiro clássico da decisão do Campeonato Mineiro, o volante Fabrício, do Cruzeiro, admitiu que gosta de provocar os adversários, mas ressaltou que isso deve não deve extrapolar o campo de jogo.

MANCINI FEZ GOL NO TRIUNFO ATLETICANO

  • Carlos Roberto/Hoje em Dia/AE

    Mancini, um dos destaques do clássico, diz que volante adversário Fabrício exagera na provocação

No domingo, Fabrício voltava a jogar depois de seis meses afastado dos gramados. Sua última partida foi em 12 de novembro, na derrota por 1 a 0 para o Corinthians, no Pacaembu. No fim de fevereiro, ele passou por cirurgia no púbis. Ao voltar em um clássico, o volante reconheceu que pode ter entrado com motivação exagerada.

“De repente exageramos um pouco. Seis meses sem jogar, vontade muito grande de ganhar, ser campeão. Mas todos os clássicos e decisões que joguei na vida, e não foram poucas, sempre tive muita vontade e disposição, porque ao meu modo de ver é o auge da competição”, disse o volante, que foi acionado por Cuca no segundo tempo da derrota por 2 a 1 para o Atlético.

“Então, tem que acreditar em todas, ir para ganhar. Às vezes exageramos na força, mas nem saí sangrando (risos). Às vezes o pessoal fala que o Fabrício vai bater, mas quando eu saio machucado, quebro o nariz jogando, ninguém fala nada”, acrescentou.

Apesar do pouco tempo em campo, Fabrício manteve disputas acirradas com os adversários. O maior entrevero aconteceu com o meia-atacante Mancini. Na segunda-feira, o jogador atleticano afirmou, em entrevista ao Arena Sportv, que “a partir do momento que o Fabrício entrou, começaram as jogadas viris, cartões, polêmica”.

Em resposta ao camisa 9 do Atlético, Fabrício disse que as provocações fazem parte dos clássicos. “É coisa normal. Não trago para fora de campo. Costumo falar que o futebol é lá dentro. E lá dentro valem algumas coisas, provocações. Ele me elogiou, eu elogiei ele. Acontece. O Mancini é experiente, rodado. Já jogou na Europa, na Seleção Brasileira e tenta provocar o adversário, como eu também gosto deste tipo de jogo. Tudo é válido”, destacou.

Rixa antiga?

Em entrevista à Rede Globo Minas, Mancini admitiu que tem “rixa antiga” com Fabrício, que já dura quase 10 anos. “Ele (Fabrício) jogava no Corinthians, que ganhou do Atlético-MG de 6 a 2, no Mineirão e no jogo de volta no Morumbi ele começava a falar coisas desagradáveis, tipo corre atrás, está perdendo”, contou o meia-atacante atleticano.

Questionado sobre essa “rixa” mencionada por Mancini e que teria a origem na goleada corintiana por 6 a 2, pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro, no Mineirão, Fabrício ironizou. “Não tem rixa. Às vezes, a pessoa que perde de seis nunca esquece. Eu que ganhei de seis não me lembro. Está tranquilo”, disse.

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