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Técnico do Boca lamenta final em Madri e se esquiva sobre time e torcida

Técnico do Boca Juniors lamentou a decisão longe do torcedor - ALEJANDRO PAGNI/AFP
Técnico do Boca Juniors lamentou a decisão longe do torcedor Imagem: ALEJANDRO PAGNI/AFP

Do UOL, em São Paulo (SP)

07/12/2018 12h47

Ainda é difícil de Boca Juniors e River Plate digerirem o fato de que irão decidir a Copa Libertadores da América em Madri, cidade localizada a mais de 10 mil km de Buenos Aires. Nesta sexta-feira (7), o técnico Guillermo Barros Schelotto lamentou novamente a mudança do tão esperado jogo para o Santiago Bernabéu e evitou dar qualquer detalhe técnico sobre qual time vai utilizar diante do maior rival na Superfinal do torneio sul-americano.

Durante a entrevista coletiva desta sexta, provavelmente a última antes da decisão de domingo, o técnico do Boca Juniors assegurou que "todos os jogadores" se encontram nas mesmas condições para jogar. Desta forma, o goleiro Andrada e o atacante Pavón, recuperados de lesão, devem retornar ao time titular para o confronto decisivo na capital espanhola.

"Vou definir a equipe domingo no estádio. Podem especular o quanto quiserem, mas só eu terei a equipe", afirmou o treinador xeneize, ciente da responsabilidade enorme do compromisso deste domingo, às 17h30 (de Brasília).

"O Boca tem que ganhar porque é um desafio profissional, alcançar o topo máximo da história. Você não vai pensar em como jogar ou dirigir em uma situação dessa. É o maior pelo rival, pela Copa; é o mais longe possível que podemos alcançar e o que procuramos na nossa carreira profissional", acrescentou.

Schelotto buscou se aprofundar apenas no "tamanho" da partida no Bernabéu. Além de evitar dar qualquer brecha em relação ao time que vai entrar em campo, o treinador argentino também se esquivou das polêmicas, como o fato de ter que atuar em outro continente diante do maior rival.

"É uma final do maior torneio sul-americano e tinha que ser na América do Sul. Como argentino, gostaria que este jogo decisivo fosse na Argentina. Tirar a final da América do Sul me dói como argentino, mas entendo o que se passou há 15 dias e não estou aqui para contestar", declarou.

A postura ponderada também se repetiu ao ser provocado pela própria presença da torcida em Madri. Na última quinta, Maxi Mazzaro, considerado o número 2 da principal organizada do Boca (La 12), acabou deportado poucas horas depois de chegar na Espanha.

Schelotto, ao contrário do atacante Dario Benedetto, que incentivou a presença dos barras e fez elogio ao chefe Rafa Di Zeo, se esquivou.

"É uma decisão da Justiça, e as regras estão aí para se cumprir. Não temos o que fazer. Se a Polícia espanhola não deixou essas pessoas entrar, ela tem os seus motivos e razões. Há a lei para fazer isso", finalizou.

River Plate e Boca Juniors decidem a Copa Libertadores da América neste domingo, a partir das 17n30 (de Brasília). Quem vencer fica com o título, já que as equipes ficaram no empate por 2 a 2 na ida, em La Bombonera.