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Expulso de novo, Dedé desabafa contra arbitragem: "lado político forte"

Zagueiro recebeu o segundo amarelo faltando dez minutos para o final do jogo - REUTERS/Washington Alves
Zagueiro recebeu o segundo amarelo faltando dez minutos para o final do jogo Imagem: REUTERS/Washington Alves

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

05/10/2018 01h11

No empate do Cruzeiro por 1 a 1 contra o Boca Juniors, que acabou eliminando o time mineiro da Libertadores, o zagueiro Dedé foi, mais uma vez, uma das figuras centrais da partida. Desta vez, no segundo tempo do jogo no Mineirão, o defensor levou o segundo cartão amarelo e acabou expulso a dez minutos do fim. Após o jogo, Dedé questionou a atuação do uruguaio Andrés Cunha, dono do apito, e criticou até a Conmebol.

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"A gente viu em campo. Não é chororô nem nada, mas foi difícil jogar porque minaram muito o jogo. Jogar Libertadores é difícil porque tem um lado político muito forte. Nesses dois jogos, foi de fato um jogo complicado não só dentro de campo, mas fora também", comentou o defensor.

Dedé recebeu o primeiro cartão amarelo aos 5 do segundo tempo, após uma trombada no goleiro Rossi. O segundo cartão veio aos 35, em lance bastante questionado pelos cruzeirenses. Outros lances também deixaram o time insatisfeito. No primeiro tempo, Arrascaeta foi derrubado na área, mas Andrés anulou o pênalti por causa de um impedimento. Na etapa final, Barcos chegou a balançar as redes, mas a arbitragem pegou falta de Dedé. Por fim, a Raposa também reclamou de outro pênalti não marcado dentro da pequena área, quando a arbitragem pegou falta de Egídio no adversário.

"A bola sobrou para o Pavón e eu tentei bloquear, mas minha perna direita bateu no joelho dele. Não acho que foi para expulsão, era um lance normal. Mas infelizmente a gente vê que algumas coisas não são só dentro de campo, mexem com o lado político. Não sei porque a gente brigou para reverter o meu cartão [vermelho, no primeiro jogo] porque o juiz me minou o tempo todo, era uma briga o tempo todo dentro da área, normal, de força. Se o adversário me agarra, tenho que me livrar dele. Foram quatro bolas seguidas na área, de perigo, que o árbitro deu falta. A gente fica triste pelo que o torcedor esperava, a gente também esperava. Fizemos um bom jogo, tentamos reverter. Acho que o placar foi influenciado demais, a arbitragem errou demais nestes dois jogos, mas não tiro os méritos do Boca. Mas no externo há alguma coisa que nós do futebol brasileiro precisamos ficar preocupados", encerrou.