Topo

Grêmio perde 'faro artilheiro' e encara decisão entre dúvidas e oscilação

Do UOL, em Porto Alegre

18/09/2017 04h00

A principal característica do Grêmio parece ter ficado para trás. O faro do gol que acompanhou o time de Renato Gaúcho desde o ano passado já não se faz presente. Com gol em apenas três dos últimos 10 jogos, o time gaúcho encara decisão contra o Botafogo distante do melhor momento.

São dúvidas e uma oscilação evidente de rendimento. Os problemas são paralelos e geram instabilidade na campanha do Brasileiro, queda da Copa do Brasil e logo quando há uma decisão pela frente.

Nos últimos 10 jogos, o Grêmio só marcou gol em três. Fez 5 no Sport, 1 no Cruzeiro e 2 no Godoy Cruz. Nos demais, não marcou. Vem de três jogos sem vitória e sequer balançar a rede rival.

"Instável não. O Grêmio não chega num momento maravilhoso. Mas o Grêmio conseguiu um bom resultado no Rio de Janeiro, não é fácil isso na Libertadores. O Grêmio não fez gol mas também não tomou. Tem toda condição de fazer os outros 90 minutos com Arena lotada e aqui podemos fazer a diferença. Não é fácil, mas é Libertadores", afirmou o técnico Renato Gaúcho.

E não bastasse isso, o jogo contra o Botafogo é cercado de dúvidas. Luan, lesionado, tem poucas chances de atuar. Pedro Geromel um pouco mais. A dupla passa por treinamentos intensivos durante a semana e a atividade desta segunda será definitiva. É possível que sigam os turnos duplos de fisioterapia e recuperação, mas se não voltarem ao convívio do grupo dificilmente poderão jogar. Edílson, também se recuperando de lesão, tem mais chances de atuar.

"Quando não temos o Luan, pecamos um pouco na criação. Perdemos, mas tivemos vontade, atitude. Não criamos porque é muito mais fácil se fechar lá atrás com 11 jogadores do que armando. Não teve criatividade. Não tendo o jogador de criação fica ainda mais difícil. Uma jogada individual, um drible sobre o marcador abre a defesa. E infelizmente não tivemos este jogador hoje", disse o treinador.

A ausência de Luan é ainda mais sentida por conta da falta de reposição. No domingo diante da Chapecoense, foi Ramiro o jogador que atuou centralizado na busca de abastecer o ataque. Mas não é sua característica principal.

"O time está se ressentindo de um jogador de conclusão. Tínhamos quatro para a função: Luan, Douglas, Bolaños e Gastón (Fernández). Vocês (imprensa) sabem o que aconteceu com cada um deles. Perdemos todos (Bolaños e Fernández negociados, Douglas e Luan lesionados). O time se ressente disso. E contra adversários fechados, isso gera uma dificuldade", analisou o vice de futebol Odorico Roman.

Sem condições, não joga

Enquanto isso, o técnico Renato Gaúcho garante que não vai sacrificar ninguém. Se Geromel ou Luan não tiverem condições de atuar, não vão jogar.

"Eu falo com departamento médico e com a fisioterapia. Sei as condições de cada um para quarta-feira. É um jogo decisivo. Mas pode ter certeza que eu jamais vou colocar um jogador em campo podendo agravar uma lesão ou ter uma lesão grave. Não é final. É um jogo importantíssimo, mas não dá para arriscar perder o jogador para o resto do ano. Qualquer jogador que entrar em campo, pode não estar nas melhores condições físicas e técnicas, mas não em relação a lesão. Se tiver risco de voltar, não vou colocar eles em campo. Queima uma substituição e tem risco. Se eles jogarem, é porque estarão bem", completou.

Nesta segunda-feira, Luan, Geromel e Edílson serão reavaliados. Dependendo do aval médico, poderão estar em campo na quarta contra o Botafogo. O jogo vale vaga na semifinal da Libertadores. Com empate em 0 a 0 no jogo de ida, quem vencer avança. Empate com gols dá o time carioca. Novo resultado sem gols leva a decisão para os pênaltis.