Palmeiras se vê como vítima e protesta contra decisão da Conmebol: Escárnio
O Palmeiras decidiu agir contra as punições impostas pela Conmebol. O clube alviverde saiu em defesa do volante Felipe Melo e dos próprios torcedores em nota publicada no site oficial do clube, na qual os vereditos da entidade sul-americana são classificados como 'escárnio'.
No comunicado assinado pelo presidente Mauricio Galiotte, o Palmeiras questiona a punição de seis jogos para Felipe Melo e os três duelos sem torcida visitante nas próximas fases da competição. "O sentimento é de total indignação e revolta com a falta de critério adotada pela Conmebol."
Este sentimento cresceu depois da divulgação da punição ao Peñarol. Mesmo como mandante e responsável por questões de segurança no Estádio Campeón Del Siglo, o clube uruguaio terá apenas uma partida com portões fechados como castigo.
O Palmeiras considerou a decisão imposta pela Conmebol - tanto em relação ao próprio clube como visitante como à suspensão pesada sobre Felipe Melo - incoerente e sem qualquer base em critérios técnicos.
"Provamos para a Conmebol, através de um vasto conjunto de vídeos, fotos e depoimentos, o que realmente aconteceu naquele jogo. Pelo resultado do julgamento, parece que critérios técnicos não foram levados em consideração, o que é completamente inadmissível e incoerente", acrescenta a nota oficial do clube.
"É inaceitável que um atleta do Palmeiras seja punido por ter se defendido de uma tentativa clara de agressão e que sua torcida, que foi claramente acuada, agredida e alvo de manifestações racistas, seja impedida de acompanhar o time na competição", completa a nota assinada pelo mandatário palmeirense.
Confira a nota oficial publicada pelo Palmeiras:
Tendo em vista a definição e divulgação dos julgamentos da Conmebol sobre os incidentes relacionados à partida contra o Peñarol, a Sociedade Esportiva Palmeiras vem a público esclarecer que:
1 – O sentimento é de total indignação e revolta com a falta de critério adotada pela Conmebol em relação às punições aplicadas para os dois clubes e seus atletas.
2 – Beira o escárnio o entendimento que o Peñarol, clube responsável pela segurança da partida e que não cumpriu com sua função, receba uma pena menor do que a do Palmeiras, cujo time e torcida foram vítimas de uma clara e evidente emboscada, além de outros crimes. Vale lembrar que, a despeito do clima tenso, a segurança feita no Allianz Parque por quase 600 profissionais foi capaz de zerar qualquer tipo de incidente no jogo de ida contra o Peñarol, ao contrário dos ínfimos e despreparados 60 seguranças particulares contratados pelo clube uruguaio para o jogo de volta.
3 – O Comitê Disciplinar da Conmebol, de maneira míope, preferiu apontar sua avaliação baseada nas consequências e não nas causas dos acontecimentos.
4 – O Palmeiras reitera o que tem afirmado desde o primeiro momento ainda no estádio em Montevidéu: o clube e seus jogadores são vítimas e não causadores dos incidentes após a partida. Provamos para a Conmebol, através de um vasto conjunto de vídeos, fotos e depoimentos, o que realmente aconteceu naquele jogo. Pelo resultado do julgamento, parece que critérios técnicos não foram levados em consideração, o que é completamente inadmissível e incoerente. É inaceitável que um atleta do Palmeiras seja punido por ter se defendido de uma tentativa clara de agressão e que sua torcida, que foi claramente acuada, agredida e alvo de manifestações racistas, seja impedida de acompanhar o time na competição.
5 – O Departamento Jurídico do Palmeiras está preparando recursos contestando as punições aplicadas ao jogador Felipe Melo e ao clube e os apresentará à Conmebol no início da próxima semana.
6 – A Sociedade Esportiva Palmeiras vai buscar fazer justiça. O clube não admite outro posicionamento do Comitê Disciplinar da Conmebol que não seja a revisão de sua decisão e o julgamento do assunto levando em consideração apenas critérios técnicos.
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