Topo

Segurança do Palmeiras revela plano de guerra: "Já tinham jurado a gente"

Seguranças do Palmeiras posam para foto com torcedores que foram ao aeroporto - José Edgar de Matos/UOL Esporte
Seguranças do Palmeiras posam para foto com torcedores que foram ao aeroporto Imagem: José Edgar de Matos/UOL Esporte

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo

27/04/2017 18h21

O Palmeiras desembarcou nesta quinta-feira (27) em São Paulo após a vitória em cima do Peñarol que terminou em confusão em Montevidéu, no Uruguai. André Silva, um dos seguranças palmeirenses, revelou que sua equipe já havia ido ao país para cumprir um esquema de guerra.

Segundo ele, na partida de ida em São Paulo, que o Palmeiras também venceu por 3 a 2, os atletas do Peñarol já tinham avisado que iam para a briga no Uruguai.

"A gente já foi para lá sabendo que eles iam querer pegar a gente. Eu fiquei perto do portão porque eu já sabia que eles iam para cima do Felipe Melo. Eles já tinham jurado a gente lá em São Paulo. E eu cheguei ali no portão, eles não deixaram abrir e começou o empurra-empurra para poder abrir", disse André Silva.

"Nós fizemos isso de forma planejada. O Alexandre Mattos pediu uma segurança reforçada antes de sair de São Paulo e avisou que ia ter problema. Quando eles viram a gente chegando com um monte de segurança já entenderam que a gente estava preparado. E tivemos uma estratégia para nos defender. Poderia ter acontecido uma tragédia se a gente tivesse só em quatro, que é nossa equipe normal".

Depois, André descreveu que até mesmo os próprios seguranças que estavam no estádio ajudaram a partir para cima dos brasileiros.

"A gente viu um monte de jogador nosso empurrado na grade e isso é muito perigoso. Trabalhamos em conjunto para garantir a integridade física deles. E quando entramos no corredor foi a mesma coisa, com seguranças deles vindo para cima, foi um absurdo. Fizemos um paredão para não entrarem no nosso vestiário".

André ainda afirmou que os seguranças do Palmeiras apenas trabalharam para manter a integridade física dos atletas e que não partiram para a agressão em momento algum.

"A gente está ali para proteger os jogadores. Imagina um Felipe Melo, um Zé Roberto, um Tchê Tchê que é franzino. Imagina se eles machucam? Qual é o prejuízo? Se eu fosse para a agressão eu garanto que um comigo eu ia levar. Nós só usamos o nosso tamanho para apartar a briga. Em nenhum momento eu troquei com alguém, eu só protegi meus jogadores", completou.