Tite faz desabafo sobre corrupção: "roubar dinheiro mata a educação"
O treinador Tite foi questionado sobre o momento político do Brasil após Corinthians 2 x 0 Cerro Porteño, quarta-feira, em Itaquera. Ele fez um desabafo a respeito da corrupção entre várias respostas a respeito da partida de Copa Libertadores.
"Corrupção mata. Roubar dinheiro mata, porque tu mata a educação de um garoto da favela, a possibilidade de um mais pobre ter oportunidade profissional melhor, de ter saúde melhor, de ter mais segurança. Impacta o crime de matar, o que rouba é um crime surdo. Eu tenho uma série de defeitos, tenho minha parte negra, chata, de tentação, ruim, mas a gente escolhe o que põe para fora. Gostaria como cidadão que as instituições pudessem marcar quem erra e que pague. Não tenho condição de julgar, mas fico com esse sentimento", comentou.
Em sua análise sobre a vitória, Tite fez elogios ao desempenho da equipe, mas procurou manter a cobrança. De acordo com ele, trata-se de um processo de evolução.
"Foram dois tempos parecidos, nada extraordinário, tem margem de crescimento a equipe. Ela vai maturando, apressando etapas, foi um jogo com o líder do grupo até então. Tem necessidade de vitória e constrói de forma sólida. Teve controle do jogo e oportunidades criadas da mesma forma", analisou.
"Estou feliz pela equipe estar acima (taticamente) do que eu esperava. Estou feliz por estar acima, mas eles (jogadores) me têm como um cara chato, cobrando. Eu falei 'pô legal, mas o time joga mais que isso'", disse ainda Tite.
Confira mais respostas do treinador:
LUCCA
Ele merece o reconhecimento de vocês. É extremamente aplicado no trabalho, no dia a dia, é reflexo essa resposta. Um reconhecimento meu da atuação que teve.
BUSCA POR ESPAÇOS
A gente alargou o campo, com Lucca bem aberto do lado esquerdo para esperar acontecer a jogada para no último instante ele ser acionado. Fagner, com amplitude do outro lado, para trabalhar no meio e ter possibilidade de um contra um. Assim, teoricamente receber menos bola e ter as jogadas preparadas para ele.
Um garoto de 18 jogando como atleta de 27. Com maturidade, naturalidade, com desenvoltura. Jogar no meio é muito difícil. No centro do campo é para o cérebro. Ele tem percepção de posicionamento muito grande e o jogo com Botafogo (domingo) trouxe confiança para um jogo pesado como esse.
A gente tem abordado os atletas individualmente e o nível de compreensão é muito alto. Eles interagem e dão uma situação importante. A gente abria bem Lucca e Fagner e trabalhava com o Uendel por dentro. Ele disse 'vou infiltrar por dentro', os atletas que percebem, conhecem, e que ao contrário têm dificuldade de se expressar, mas sabem muito interpretar o que fazem.
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