UOL Esporte Libertadores
 
03/07/2009 - 07h05

Surto da gripe suína não vai impedir Cruzeiro de jogar na Argentina

Bruno Império
Em Porto Alegre
Apesar do crescente aumento de casos da gripe suína na Argentina, o Cruzeiro aceita jogar a primeira partida da final da Libertadores, contra o Estudiantes, no país vizinho. A diretoria celeste garantiu, após a conquista da vaga na decisão, que não vai criar uma briga nos bastidores da Conmebol e só não viaja se a entidade entender que o duelo precisa ter seu local mudado.

"Vamos esperar a decisão da Conmebol. Se eles disserem que o jogo será na Argentina, vamos jogar na Argentina sem problema algum", disse o presidente Zezé Perrela nos vestiários do Olímpico Monumental na noite da última quinta-feira, logo após a partida que selou a classificação do Cruzeiro, diante do Grêmio.

Por meio de seu site oficial, o Estudiantes chegou a dizer que abandonaria a Libertadores caso fosse proibido de jogar a decisão em seu estádio, em La Plata. Caso isso acontecesse, o time argentino não seria o primeiro a deixar a competição por conta de problemas derivados da nova gripe. No início da competição, Chivas e San Luis acabaram desistindo do torneio porque não poderiam mandar suas partidas em casa devido ao surto da doença no México.

Números oficiais do governo argentino da última quinta-feira dão conta de 44 mortes provocadas pela gripe suína no país. Em La Plata, que será palco da decisão, o zoológico, centros culturais e teatros foram fechados por determinação da administração municipal. Outras cidades também já adotaram expediente semelhante.

No entanto, se depender do técnico Adilson Batista, o Estudiantes pode ficar tranquilo. "Vamos jogar lá de qualquer jeito. Se for o caso, coloca uma máscara de proteção e vamos jogar bola. Estamos em um momento de decisão", disse o treinador.

O primeiro jogo da final, na Argentina, está marcado para a próxima quarta-feira. Como teve campanha superior à do Estudiantes na primeira fase, o Cruzeiro terá o direito de decidir a Libertadores no Mineirão, uma semana depois.

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