Argel 'se vê' em promessas do Inter e tenta promover crescimento natural
Argel Fucks já viveu o que vivem hoje Andrigo, Aylon, Alisson Farias e tantos outros jovens que buscam espaço no time. Com objetivo de rejuvenescer o grupo, o treinador está cada vez mais dando oportunidade aos meninos. E ao 'se ver' no crescimento deles, tenta conduzir o processo de forma natural.
Argel é natural de Santa Rosa, no interior gaúcho. Chegou ao Inter para as categorias de base e recebeu as primeiras chances no time principal no início dos anos 1990, com 17 para 18 anos. Chegou a atuar pela seleção brasileira de base e profissional depois de se firmar no Colorado. E conheceu o mundo jogando em grandes clubes do Brasil e da Europa.
Trajetória semelhante ao início de muitos dos garotos do elenco. Alisson Farias e Andrigo, por exemplo, que marcaram gols diante do Cruzeiro-RS, no sábado, chegaram para a base, já jogaram na seleção e dão os primeiros chutes no principal. Aylon tem no interior gaúcho também semelhança com o passado de Argel. E, da mesma forma dos colegas, marcou no duelo que acabou 4 a 0 para o time de Porto Alegre, pela quinta rodada da primeira fase do Gauchão.
"É bonito ver a garotada jogando. Mas não podemos esperar que eles sejam a solução. Pode acontecer no futuro, mas não vamos dar mais peso do que eles precisam agora. Eu tive 17 anos e o professor Ênio Andrade [Ex-técnico] me colocou para jogar. É gostoso ver isso. Passa um filme na minha cabeça. Se vê neles um espírito, uma vontade diferente. Uma fome maior de buscar um lugar e se firmar em um time de ponta. Muitos tem cinco ou seis anos de clube, alguns devem ter sido gandulas em jogos do Beira-Rio como eu fui. É uma novidade muito grande o time principal. E conduzir este processo lento é nossa responsabilidade. Eles podem oscilar, temos que ter calma. Hoje deram a resposta, de repente não vão ir bem em outra chance. É natural", disse o treinador.
Partiu também da direção do Internacional a ordem para rejuvenescer o grupo. O elenco era considerado com idade muito avançada em anos anteriores. Jogadores como Juan, D'Alessandro e Dida puxavam para cima a média dos que mais eram aproveitados.
Hoje são poucos considerados veteranos. Alex é o mais experiente do meio para frente e não tem sido titular. Anderson, de boa atuação diante do Cruzeiro-RS, é quem ocupou melhor a lacuna na equipe deixada por D'Alessandro.
"Se conseguimos fazer uma boa partida e golear foi porque respeitamos o adversário. Sabemos da qualidade deles, levamos o jogo a sério. E quando se tem esta humildade, os resultados acontecem. A oportunidade para estes meninos é muito importante. Foi o primeiro jogo do Farias de titular comigo. Fez o gol. E ainda pode crescer mais. O rendimento dele, para quem acompanha sempre, não é novidade. Daqui a pouco virá a chance ao Yan Petter, ao Bruno Baio, o Aylon já está se tornando realidade, o Sasha já é experiente, o Andrigo está entrando aos poucos. O coletivo e os mais experientes estão dando sustentação a estes meninos", concluiu.
O Internacional volta a campo na próxima quarta-feira para pegar o Veranópolis pelo Campeonato Gaúcho.
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