Fla x Botafogo: quase mil agentes de segurança após 70 dias de assassinato
Flamengo e Botafogo decidem uma vaga na final do Campeonato Carioca no próximo domingo (23), às 16h (de Brasília), no Maracanã. A semifinal não é apenas mais um jogo entre os rivais. Eles se enfrentam 70 dias após a morte do alvinegro Diego Silva dos Santos, assassinado com golpes de espeto de churrasco por integrantes de uma torcida organizada rubro-negra antes do clássico entre as duas equipes, em 12 de fevereiro, no Engenhão.
Para evitar novos episódios de violência entre torcidas rivais, as autoridades reforçaram a segurança. Pelo menos 978 agentes estarão envolvidos na partida. As organizadas serão escoltadas pelo Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) em trajetos definidos com representantes e autoridades.
O plano de jogo assinado por Flamengo, Botafogo, Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) e forças de segurança prevê 260 policiais do Gepe, 150 homens da PM (incluindo 4º BPM, Cavalaria, Batalhão de Choque e Batalhão de Ações com Cães) e mais 429 Stewards - totalizando 839 agentes.
O efetivo ainda contará com 129 guardas municipais e dez policiais civis. O total será de 978 homens responsáveis pela manutenção da ordem dentro e nos arredores do Maracanã. O contingente é superior ao do clássico realizado no Engenhão em pelo menos 300 agentes. Na ocasião, bloqueios de familiares dos policiais militares nos batalhões comprometeram a chegada das equipes ao estádio e o território ficou livre para o confronto entre as organizadas.
“Os locais são diferentes, mas o Maracanã utiliza um efetivo maior mesmo. A proporção de planejamento é parecida. Não esperávamos que os bloqueios interferissem naquele dia. Foi preciso deslocar policiais de outras praças para auxiliar na segurança. Consideramos os dois jogos do fim de semana de risco. Não quer dizer, no entanto, que imaginamos brigas. Mas são semifinais e partidas com bastante rivalidade. Tomamos as medidas necessárias para o bom andamento do espetáculo”, afirmou o Major Sílvio Luiz, comandante do Gepe, ao UOL Esporte.
O clássico não contará com a presença da Torcida Jovem do Flamengo, banida dos estádios por três anos após pedido do Ministério Público Estadual e acatado integralmente pelo juiz Guilherme Schilling, titular do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos.
Cinco integrantes da organizada foram presos pelo assassinato de Diego Silva dos Santos: Rafael Camelo, Vitor Portencio, Adonai Santos, Rogerio Silva Guinard e Herbert Sabino de Paula. Estão foragidos: o presidente Wallace Motta, o vice-presidente Rafael Maggio Afonso e Fábio Pinheiro, conhecido como Playboy.
“É uma medida que tende a surtir efeito entre as torcidas que têm criado grandes problemas. Buscamos justamente tirar dos estádios as pessoas que só querem confusão”, encerrou o comandante do Gepe.
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