Sul-Americana: Atlético-PR volta à semi após 12 anos; relembre a última vez

A primeira metade dos anos 2000 reservou grandes emoções para o torcedor do Atlético-PR. Campeão brasileiro em 2001, o time passou a disputar títulos nacionais (como o Brasileirão de 2004) e até internacionais, quando foi vice-campeão da Libertadores de 2005. Curiosamente, os elencos eram desmontados e remontados e raros eram os personagens que seguiam na boa fase. Em 2006 o time chegou novamente às finais de uma competição da Conmebol. Desta vez era a semifinal da Copa Sul-Americana e nova chance de título continental.
Quem comandou aquele time foi Osvaldo Alvarez, o Vadão, hoje técnico da Seleção Brasileira Feminina. “Fizemos uma campanha boa, reagimos muito bem no Brasileiro”, relembra, citando uma coincidência com a atual temporada.
Um dos remanescentes da final da Libertadores a estarem nessa caminhada era o volante Alan Bahia. Ainda jogador de futebol profissional aos 35 anos, Alan Bahia vive em Itabuna, na Bahia, e não tem mantido laços com o Furacão. “Tô com pouco contato agora”, disse, atendendo à reportagem em meio à uma festa.
Doze anos depois, o Furacão terá nova chance de avançar à decisão do segundo torneio de clubes mais importante das Américas. Agora o adversário será o Fluminense, com o primeiro jogo nesta quarta (07), 21h45, na Arena da Baixada. Naquele 2006, quem entrou na vida do Atlético foi o Pachuca, do México.
Classificado como sexto colocado no Brasileirão de 2005, o Furacão teria uma caminhada similar à atual até aquela semifinal. Também eliminou um brasileiro, um argentino e um uruguaio antes de enfrentar o Pachuca. Naquele ano, venceu o Paraná na primeira fase, placares de 3 a 1 e 1 a 0. Depois, eliminou o River Plate com uma vitória em Buenos Aires por 1 a 0 e um empate em Curitiba, 2 a 2. Ainda despachou o Nacional do Uruguai com vitórias por 2 a 1 e 4 a 1. Em 2018, deixou para trás o Bahia, o Newell’s Old Boys e o Peñarol, ainda tendo eliminado o Caracas, da Venezuela.
“Ganhamos do River fora, do Nacional dentro e fora... fizemos uma campana muito bonita. Mas o Pachuca tinha o melhor time do México, era uma belíssima equipe. Embora o árbitro tenha atrapalhado, eu não tiro os méritos deles não. Eles mereceram”, comentou Vadão, falando do jogo de volta no México.
Ausência de Dagoberto foi decisão da diretoria
O time caiu de produção contra os mexicanos do Pachuca. Em casa, derrota por 1 a 0, mesmo dominando a partida. Na volta, no México, nova derrota, desta vez por 4 a 1. “No segundo jogo, a arbitragem complicou o jogo. Deram um pênalti totalmente inexistente”, lembrou Vadão, “O time deles era muito bom. Nós tínhamos perdido em casa, fizemos 1 a 0 e ele em seguida expulsou o Jancarlos, ficou muito difícil.”
Para ele, uma decisão administrativa atrapalhou os planos da equipe. “O que nos atrapalhou um pouco foi que o Dagoberto não pôde ir naquele jogo. Ele foi vetado naquela viagem. Nós jogamos com o São Paulo no Morumbi (1 a 1) e dali fomos para o México. E ele foi vetado. E o Dagoberto fazia a diferença”, lamentou Vadão.
“Momentos bons, time unido, fechado como hoje. Tinha jogadores de qualidade”, comentou o volante, famoso pelas cobranças de pênalti: “Com paradinha né? Mas eu batia de tudo quanto é jeito”, brincou. O elenco contava com o zagueiro Danilo, que está no Bologna da Itália, o volante Cristian, que se destacaria em Corinthians e Flamengo, o meia colombiano Ferreira, o meia-atacante William, hoje no Palmeiras e os atacantes Marcos Aurélio, Dagoberto e Dênis Marques.
Título internacional passa por amadurecimento
Prestes a embarcar para Nice para um amistoso contra o time feminino da França, Vadão acredita que o Furacão está próximo de coroar a ascensão do clube no cenário nacional com um título importante.
“Eu peguei uma fase diferente. Eu peguei o Atlético lá atrás, coloquei o Atlético pela primeira vez na Libertadores, vencemos a Seletiva com um 3 a 0 no Cruzeiro em casa. Um início de um Atlético em ascensão. Peguei uma segunda fase com alojamentos novos no CT, em evolução. Faltam detalhes para não ter ganho. Agora está muito próximo disso”, disse, para depois comentar as reclamações extracampo do clube: “Tá com um pouco de desconforto político, mas isso não tem atrapalhado a ascensão do Atlético.”
Para o atual técnico da Seleção Feminina, também campeão paranaense em 2000, o duelo nacional com o Fluminense tem vantagens e desvantagens. “Depende muito da equipe. Quando você vai jogar fora do Brasil, o clima é mais hostil. Mas não aconteceu com a gente lá não (no México). O que ocorreu foi a arbitragem. Agora é um jogo caseiro, os times se conhecem bem. O Fluminense conhece a Arena e o Atlético conhece o Maracanã.”




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