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Após operação contra farra de ingressos, cambistas agem no Maracanã

Apesar da grande quantidade de policia, cambista agiram livremente no Maracanã - Pedro Ivo Almeida/UOL
Apesar da grande quantidade de policia, cambista agiram livremente no Maracanã Imagem: Pedro Ivo Almeida/UOL

Leo Burlá, Pedro Ivo Almeida e Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

13/12/2017 17h21

Na segunda-feira, funcionários de Fluminense e Flamengo foram presos na Operação Limpidus, comandada pela polícia civil em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro e que visa combater a farra de ingressos. Nesta quarta-feira, no entanto, cambistas foram vistos agindo livremente nos arredores do Maracanã nesta quarta-feira, quando o Rubro-negro encara o Independiente-ARG na final da Copa Sul-Americana.

E o desempenho tranquilo dos cambistas não ocorre por falta de policiamento. Por volta das 17h, mesmo com várias viaturas já presentes no estádio, os infratores circulavam tranquilamente e ofereciam ingressos que chegavam a R$ 400, 400% mais caro que nas bilheterias.

A ação dos cambistas horas antes da decisão da Sul-Americana escancara a falta de fiscalização dos policiais em tal prática. Mesmo que outros órgãos pareçam estar imbuídos em erradicar a questão investigando e punindo funcionários dos clubes.

Na última terça-feira, o juiz Bruno Monteiro Ruliere determinou que todos os presos na Operação Limpidus fossem soltos. Assim, Artur Mahmoud e Filipe Dias, funcionários do Fluminense, Claudio Tavares de Lima, do Flamengo, deixaram a prisão.

A defesa entrou com um pedido de habeas corpus e o magistrado considerou desnecessária a detenção. O alvará de soltura foi expedido também em favor de Alesson Galvão, presidente da Raça Fla, Leandro Schilling, Vinicius Coutinho dos Santos, Vinicius Carvalho, Monique Patrício dos Santos Gomes, todos da empresa Imply; Rodrigo Granja e Edimilson José da Silva, funcionários do Vasco; e Savio Agra, presidente da Força Jovem do Vasco.

A prisão foi um pedido do promotor Marcos Kac, do Ministério Público. A ação investigou a ligação de funcionários e dirigentes de clubes de futebol com membros de torcida organizadas, que receberiam ingressos e fariam a revenda a preços acima do praticado nas bilheterias.