Topo

Abraços, silêncio e dor. Fla encara clima pesado após perda de título

Rodrigo Caetano, Cláudio Pracownik e Alexandre Wrobel conversam após o jogo - Vinicius Castro/ UOL
Rodrigo Caetano, Cláudio Pracownik e Alexandre Wrobel conversam após o jogo Imagem: Vinicius Castro/ UOL

Vinicius Castro

Do UOL, em Belo Horizonte

28/09/2017 08h48

A cena se repetiu algumas vezes após a derrota nos pênaltis para o Cruzeiro na final da Copa do Brasil. Dirigentes do Flamengo se abraçavam e tentavam consolar uns aos outros na saída do vestiário do time. Jogadores também recebiam afagos, mas era impossível esconder o semblante de frustração com mais uma queda ingrata na temporada.

A dor da derrota era nítida. Palavras, em ocasiões assim, por vezes nem sequer são necessárias. E foram poucos os jogadores que falaram com os jornalistas. Por outro lado, o diretor Rodrigo Caetano representou a cúpula do clube.

Antes disso, ele foi consolado pelo vice-presidente de finanças Cláudio Pracownik e pelo vice de patrimônio Alexandre Wrobel. Mais abraços e semblantes de frustração. Apesar das dificuldades e de não poder contar com jogadores importantes, a cúpula do Flamengo estava confiante no título. Havia convicção de que o trabalho feito e a experiência do time poderiam fazer a diferença.

Não foi o que aconteceu. A pressão agora só aumenta na Gávea. Com Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana para disputar, o Rubro-negro tem opções curtas na tentativa de salvar um ano destacado apenas pelo título carioca invicto. O desânimo do presidente Eduardo Bandeira de Mello e dos seus pares foi marcante. De fato, o impacto do vice-campeonato foi sentido no Flamengo.

“A decepção é grande, mas não podemos fazer terra arrasada. Perdemos de uma forma doída, mas acredito que o torcedor se sentiu representado nos dois jogos. Todos deram a vida. Isso é exigência e marca do Flamengo. Os jogadores têm caráter e responsabilidade. A torcida ainda verá esse grupo campeão de uma grande competição”, comentou o diretor de futebol do time, Rodrigo Caetano.

Em silêncio, a delegação do Flamengo entrou no ônibus e deixou o Mineirão rumo ao aeroporto. A chegada no Rio de Janeiro foi no mesmo clima. É hora de “juntar os cacos” e tentar reagir. Ficou nítido, no entanto, que o impacto da derrota foi intenso nos bastidores do Rubro-negro.