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Seis jogos em 20 dias. Atlético-MG tenta evitar sua maior crise desde 2011

Distanciar o Atlético-MG da zona do rebaixamento e classificação nas copas. Os desafios imediatos de Rogério Micale - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Distanciar o Atlético-MG da zona do rebaixamento e classificação nas copas. Os desafios imediatos de Rogério Micale Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

25/07/2017 09h09

Apresentado pelo Atlético-MG nessa segunda-feira, o técnico Rogério Micale vai ter pouco tempo de trabalho até o primeiro jogo. Apenas duas atividades antes do jogo desta quarta-feira, diante do Botafogo, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Apenas o primeiro de seis compromissos que podem fazer o Atlético passar por uma situação que o clube não convive há muitas temporadas.

Efetivamente, o atleticano pode dizer que não sabe o que é uma grande crise desde a temporada 2011, quando o time passou várias rodadas dentro da zona de rebaixamento e só garantiu a permanência na elite do futebol nacional na 37ª rodada. Desde então, o Galo consegue um título grande ou pelo menos um vice-campeonato numa competição importante. Foi assim de 2012 até 2016.

Nesse período, o torcedor passou por frustrações, como eliminações em Copa Libertadores, vice-campeonatos estaduais, perda de títulos nacionais, seja o Brasileirão ou Copa do Brasil, além da eliminação na semifinal do Mundial de Clubes, para o Raja Casablanca. Mesmo com trocas de treinadores, uma grande crise o Atlético não sabe o que é desde 2011. Entre 2012 e 2016 o Galo jamais deixou de se classificar para Libertadores, não brigou contra o rebaixamento ou sequer ficou fora de uma decisão do Campeonato Mineiro.

Agora, mesmo em baixa no Brasileiro, apenas na 13ª colocação, e a recente troca no comando técnico, a saída de Roger Machado e a chegada de Rogério Micale, o momento não chega nem perto do que vivia o torcedor alguns anos atrás.

E muito dessa sensação passa pela expectativa que existe em torno da Copa do Brasil e da Copa Libertadores. Se um dos objetivos da temporada, o título do Campeonato Brasileiro, já está fora de cogitação, o Atlético segue vivo nos mata-matas. No torneio nacional um empate é suficiente para eliminar o Botafogo e avançar à semifinal. Já na competição continental a situação está um pouco mais complicada. O Galo precisa vencer o Jorge Wilstermann, da Bolívia, por dois gols de diferença, para chegar às quartas de final.

“Eu sempre acompanho o futebol mineiro, tenho uma torcedora em casa, sempre vejo. Vi esse momento. Mas olho com muito otimismo. São cinco jogos para conquistar a Copa do Brasil, sete para ganhar um torneio internacional. E tem o Brasileiro. Precisamos muito da nossa torcida”, disse Rogério Micale em sua apresentação na Cidade do Galo.

Para não tornar esse momento ruim, especialmente no Brasileirão, numa grande crise, o Atlético precisa de resultados positivos nas próximas seis rodadas. Além dos jogos com Botafogo e Jorge Wilstermann, por Copa do Brasil e Libertadores, respectivamente, o time alvinegro precisa pontuar na principal competição nacional. Os próximos compromissos são diante de Coritiba, Corinthians, Grêmio e Flamengo.

“Alguns resultados não foram bons, principalmente em casa. Precisamos muito da torcida, foi sempre ela que nos momentos difíceis empurrou, ela que fez toda uma situação ser revertida em prol do clube. É muito difícil as coisas estarem acontecendo e você não ter o torcedor ao lado. Aqui não acontece assim, sempre o torcedor está junto da equipe”, comentou Micale, que promete montar um Atlético mais agressivo, algo que marcou positivamente o clube nos últimos anos.

“A gente quer implantar o que acredita, mas temos que ter cuidado com as características dos jogadores. Fazer uma equipe mais competitiva, mas isso é um processo. Esperamos que seja o mais rápido possível com os treinamentos, que possam dar uma resposta já na quarta (contra o Botafogo)”, completou o novo treinador atleticano.