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Vexame e queda de amigo no Santos servem de lição para Dorival na Copa BR

Eliminação para o também modesto CSA, de Alagoas, derrubou Vagner Mancini em 2009 - Ivan Storti/Santos FC
Eliminação para o também modesto CSA, de Alagoas, derrubou Vagner Mancini em 2009 Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

26/04/2017 09h55

O técnico Dorival Júnior colocará força máxima em campo no duelo do Santos contra Paysandu, nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), na Vila Belmiro, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. É o segundo jogo da equipe santista após a eliminação precoce no Campeonato Paulista. Antes deste, o time empatou sem gols com o Santa Fe, na Colômbia, pela Copa Libertadores da América.

O empate segurou Dorival no cargo e diminuiu a pressão. No entanto, o treinador sabe que não pode ser eliminado pelo Paysandu na Copa do Brasil. O exemplo vem de seu principal amigo no futebol, o técnico Vagner Mancini, que foi demitido do Santos em 2009 após escalar um time misto e ser eliminado pelo CSA, de Alagoas, em plena Vila Belmiro. A eliminação foi considerada dentro do clube como um vexame histórico.

Na ocasião, o Santos de Mancini havia empatado o primeiro jogo por 0 a 0, mas foi eliminado ao perder a partida de volta por 1 a 0 na Vila, com gol de Júnior Amorim. Como iniciaria quatro dias depois as finais do Campeonato Paulista contra o Corinthians de Ronaldo Fenômeno, Mancini optou por escalar um time misto e poupou seus principais jogadores.

Com a derrota parcial durante o segundo jogo diante do CSA, o treinador ainda colocou Kleber Pereira e Paulo Henrique Ganso no segundo tempo, mas não conseguiu o resultado para a classificação.

Após perder a decisão do Paulista, a diretoria santista levou em conta a decisão de Mancini de poupar os titulares na Copa do Brasil e demitiu o treinador.

Por conta deste cenário, Dorival Júnior sabe, que apesar de encarar um time de Série B do Campeonato Brasileiro, a pressão existe e, por isso, ele não pode ser eliminado na Copa do Brasil. Pelo menos para o Paysandu.

“Será grande sempre (pressão), quer seja por conquistas ou não conquistas. É natural e vai acontecer sempre. Temos que estar preparados, todo campeonato tem muita importância. Não tivemos competência de vivenciar a final do Paulista, adversários tiveram merecimento. Nossa atenção se volta para a Copa do Brasil. Na semana que vem, Libertadores e Brasileiro. E assim vamos caminhar, como todas as equipes que foram eliminadas em seus Estados. A pressão é alta sempre, nunca abaixa, mesmo ganhando... Você se sente pressionado pelo próximo resultado”, disse.

Dorival Júnior já confirmou o time que enfrentará o Paysandu nesta quarta. A principal novidade será a entrada de Matheus Ribeiro na lateral esquerda. Ele assume a posição de Jean Mota, que vinha atuando como substituto de Zeca, lesionado. Como Mota está suspenso para o jogo contra o Santa Fe, no próximo dia 4, pela Libertadores, Dorival já quer entrosar a equipe com a entrada de Matheus.

“Matheus é quem joga. Ele assume e espero que seja muito feliz. Ele vem sendo trabalhado há 10 dias, estar treinando ao lado oposto. Já jogou assim em outras equipes, mas não com sequência. Espero que se sinta confortável e se dê bem. É um jogador interessante, que vem numa crescendo, melhorando em treinamentos e com real possibilidade de ganhar a vaga”, concluiu.

FICHA TÉCNICA
SANTOS x PAYSANDU

Data: 26 de abril de 2017, quarta-feira
Horário: 19h30
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Igor Junio Benevenuto (MG)
Auxiliares: Celso Luiz da Silva e Felipe Alan Costa de Oliveira (ambos de MG)

Santos: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Matheus Ribeiro; Thiago Maia, Renato, Lucas Lima, Vitor Bueno e Bruno Henrique; Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior

Paysandu: Emerson; Ayrton, Perema, Gilvan e Hayner; Wesley (Rodrigo Andrade) e Augusto Recife; Leandro Carvalho (Jhonnatan), Diogo Oliveira e Bergson; Alfredo. Técnico: Marcelo Chamusca