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Grohe pensou em deixar o Grêmio antes de virar herói nos pênaltis

Do UOL, em Porto Alegre

22/09/2016 10h58

Marcelo Grohe passou mais de uma hora pensando no adeus ao Grêmio. Depois de falhar no gol de André Lima, no primeiro tempo do jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, o goleiro travou uma batalha interna das mais duras. Apesar do emocional em frangalhos, ele foi de vilão a herói e revelou: caso não tivesse mudado a história contra o Atlético-PR, dificilmente seguiria em Porto Alegre.

“Passou muita coisa na minha cabeça durante o jogo. Talvez fosse ficar insustentável a situação no clube e eu tivesse que pegar a minha malinha e procurar outro espaço”, disse.

Emocionado na saída de campo e na zona mista, Grohe repetiu diversas vezes que pensou em deixar o Grêmio. O filme da passagem dele pelo clube, certamente de como dizer adeus, e todo o futuro incerto martelou até a disputa por pênaltis.

“Se for melhor para o Grêmio sem o Marcelo Grohe, que seja assim. Quero o bem do Grêmio. Não estou me fazendo de coitadinho, não é isso”, comentou. “Do primeiro ao último pênalti eu só falava com Deus. A gente tinha que passar de qualquer forma”, afirmou depois.

Nos pênaltis, Marcelo Grohe defendeu três penalidades e viu Paulo André acertar a trave. O pensamento de deixar o Grêmio, de sair após falha e eliminação em casa em meio a mais uma das infindáveis crises, foi embora.

“Deus me deu uma sobrevida. Não tinha pegado nenhum pênalti neste ano, mas ficou reservado para agora”, celebrou.

Formado nas categorias de base do clube, Marcelo Grohe é cobrado pela torcida. O rendimento neste ano é criticado, mesmo após ter sido convocado para seleção brasileira. Na virada para esta temporada, o goleiro acertou renovação até 2020.