Grêmio muda estilo após baixas e fecha ano em 'modo de segurança'

O Grêmio mudou o estilo nos últimos jogos e pode encerrar o ano em uma espécie de "modo de segurança". O recurso comum em dispositivos eletrônicos, como computadores, tablets e celulares, simplifica a execução do sistema por alguma ocorrência fora do normal. É, a grosso modo, o que acontece com o time de Renato Gaúcho. Com desfalques constantes, o time sentiu as mudanças e tem se adaptado para competir diante dos adversários.
A eliminação para o River Plate, na semifinal da Libertadores, ilustra bem o cenário. Sem Everton e Luan, o Grêmio abriu mão da bola e apostou no jogo físico fora e dentro de casa. Em outros jogos recentes, o percentual de posse de bola e passes caiu também caiu.
Em partidas do Campeonato Brasileiro, com o constante uso de reservas ou time misto, o Grêmio já tem histórico de atuações fora do modelo consolidado nos últimos anos. Ainda assim, é justamente nas rodadas em que a formação ideal atua que ressurge o conceito de controle a partir da posse de bola.
"Não adianta querer jogar só com a bola, é preciso saber sofrer", disse Alisson, antes do segundo jogo com o River Plate. Na Argentina, o Grêmio usou essa máxima e teve apenas 33% da posse de bola. Trocou somente 247 passes, com 52% de acerto no fundamento. Em Porto Alegre, os índices não foram muito diferentes: 32% de posse, 233 passes e 58% de acerto no fundamento.
Os dados das duas partida, segundo o site SofaScore, mostram uma diferença brutal em relação aos números apresentados diante de Atlético Tucumán, Estudiantes e também antes da Copa do Mundo, nas emblemáticas goleadas em cima de Cerro Porteño e Santos.
"Esse padrão que a gente executou na Argentina desempenhamos com o Renato mais vezes esse ano na ausência do Luan", disse Ramiro, à ESPN Brasil.
Contra o Estudiantes, com Luan em campo, o Grêmio venceu por 2 a 1 com 81% da posse de bola e acertou 88% dos 717 passes que deu na partida. Nos pênaltis, o time avançou às quartas de final e encarou o Tucumán. Nos dois jogos, a equipe de Renato Portaluppi conseguiu sair da pressão inicial e dominou o confronto com a bola.
Além das eventuais ausências de Everton e Luan, destaques individuais em fundamentos mais destacados como assistências e gols, o Grêmio também sente muito a ausência de outras peças. Sem Maicon, o meio-campo fica menos criativo. A saída de Ramiro tira intensidade, e a presença de Cícero agrega jogo aéreo, mas cobra a conta na agilidade.
Diante do Vasco, no próximo domingo, Maicon voltará a jogar. Luan, no entanto, ainda é dúvida. O Grêmio ainda busca vaga entre os quatro melhores do Brasileirão e vai se adaptar para chegar lá. O "modo de segurança" está ativado.






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