Reunião com presidente no vestiário e cobrança de Luan. Larghi é contestado
O empate em 3 a 3 com a Chapecoense foi a 29ª partida de Thiago Larghi no comando técnico do Atlético-MG. Apesar de longo tempo na função, ele segue como auxiliar fixo do clube e exercendo a função de treinador de forma interina. Algo que deu certa blindagem a Larghi no período, mesmo com a derrota na final do Mineiro e as eliminações na Copa Sul-Americana e Copa do Brasil.
Blindagem feita pela diretoria e também respeitada pela torcida, que sempre colocou a diretoria como principal alvo nos protestos e cobranças. Porém, o empate com a Chape, mesmo atuando com um jogador a mais por cerca de 60 minutos irritou a todos. Desde jogadores, torcedores e dirigentes.
Assim, desde que Thiago Larghi se tornou técnico interino do Atlético, no início de fevereiro, pela primeira vez ele sofre uma verdadeira pressão no cargo. Reflexo disso foi a reunião com a diretoria do clube, ainda no vestiário do Independência, após o empate com a Chapecoense. A reunião durou mais de uma hora. E, pelo menos até a Copa do Mundo, Larghi segue como treinador do Atlético.
O prazo foi estipulado pelo presidente Sérgio Sette Câmara, em outro momento. Algumas semanas atrás a efetivação de Larghi parecia algo natural, mas a série de tropeços desde então colocaram um ponto de interrogação na cabeça dos dirigentes atleticanos.
Até mesmo o apoio da torcida não é mais o mesmo de antes. As alterações consideradas equivocadas são o maior exemplo do questionamento feito a Larghi. No jogo desse sábado, por exemplo, o treinador tirou um zagueiro e colocou um atacante logo aos dez minutos do segundo tempo. De fato, o time alvinegro chegou ao terceiro gol após a mudança, mas a defesa não foi recomposta e a Chapecoense chegou ao 3 a 3.
Questionamentos que partem até mesmo dos jogadores. Então sempre respaldado pelos líderes da equipe, que diziam ver na figura de Thiago Larghi o treinador do Atlético e não um interino, mudou nesse sábado. Pelo menos para Luan. Um dos jogadores mais antigos do elenco alvinegro cobrou o treinador pelo fato de ser sempre o escolhido para sair e também por fazer funções diferentes a cada rodada.
“Ele tem que escolher alguém para tirar e sempre me escolhe. Ele acha que eu tenho que sair, tem total liberdade para fazer isso. Vou trabalhar para poder jogar os 90 minutos e fazer gol. Ele pediu para eu poder jogar numa função, no outro jogo pede para jogar em outra. E até adaptar novamente às funções que ele pede, você fica meio perdido”, reclamou Luan, que não esconde sua preferência por jogar pelas pontas.
Com o time cada vez mais longe do sonho de brigar pelo título brasileiro, meta estabelecida pela própria diretoria, apesar dos fracassos nas demais competições da temporada, Larghi jamais esteve tão pressionado como agora. São três partidas sem vitórias e a equipe dificilmente vai chegar na parada para a Copa do Mundo, daqui três rodadas, entre os primeiros colocados, como garantido pelo presidente Sérgio Sette Câmara.
É diante desse cenário, de maior pressão desde que assumiu o comando técnico do Atlético, que Thiago Larghi vai chegar ao jogo 30 na função, nesta quinta-feira, contra o América-MG, no Independência, pelo Brasileirão. Mesmo que de forma interina, em jogos ele já superou alguns profissionais que passaram pelo clube anteriormente, como Oswaldo de Oliveira e Rogério Micale. Mas diante de toda a pressão, até quando?
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