Topo

Flamengo tem problemas, mas alcança melhor início de Brasileiro desde 2008

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/05/2018 04h00

Líder do Campeonato Brasileiro, o Flamengo ainda é um time com problemas e que não transmite tanta confiança assim ao torcedor. Só que, independentemente disso, o Rubro-negro de 2018 já é o de melhor início na competição desde 2008. São 14 pontos conquistados até a 7ª rodada, marca inferior apenas aos 16 pontos da equipe dirigida por Caio Júnior há dez anos.

O Flamengo do técnico interino Maurício Barbieri supera até aqui as suas principais campanhas nos pontos corridos. A melhor delas foi a de 2011, quando no mesmo estágio o time somava 13 pontos. Em 2009 - ano da última conquista no Brasileirão -, eram dez pontos. O número é o mesmo das edições 2016 e 2017, que deram aos cariocas a vaga na Copa Libertadores.

O clube da Gávea ainda tem a chance de quebrar marcas e se colocar bem antes da parada no Brasileirão para a Copa do Mundo. Recebe Bahia, Corinthians e Paraná no Maracanã. Tem ainda o clássico contra o Fluminense. A sequência será fechada com a visita ao Palmeiras na 12ª rodada.

Apesar dos números positivos, o Flamengo chegou ao consenso de que é preciso melhorar. Na vitória sobre o Atlético-MG por 1 a 0, por exemplo, o gol saiu em uma jogada de contra-ataque quando os donos da casa pressionavam bastante. O Rubro-negro, literalmente, jogou por uma bola. E sofreu com isso.

A postura defensiva não é novidade. Já foi vista em outras partidas, inclusive nas apresentações como visitante pela Copa Libertadores. É pouco para quem almeja conquistas e precisa corresponder mais uma vez ao milionário investimento. Nem sempre a vitória virá como aconteceu em Belo Horizonte e todos estão cientes disso.

É necessário corrigir as falhas para que o time crie jogadas ainda que contra equipes mais fechadas. Sem uma saída de bola com qualidade e triangulações, o Flamengo depende basicamente das bolas paradas e da velocidade de Vinicius Júnior. Para a comissão técnica, o cansaço das partidas em sequência e os desfalques têm interferência direta na performance.

“Nem céu, nem inferno. Temos muito a corrigir e precisamos achar soluções para levar essa maratona até o dia 13 de junho”, comentou Maurício Barbieri.