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Comissão descarta punir árbitro adicional que não viu gol de braço de Jô

Marcello De Vico e Vanderlei Lima

Do UOL, em Santos e São Paulo

18/09/2017 12h34

O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Coronel Marinho, afirmou que não punirá o árbitro adicional Eduardo Valadão, um dos principais personagens da polêmica que envolveu o gol de braço marcado por Jô, na vitória por 1 a 0 do Corinthians sobre o Vasco, no último domingo (17), na Arena Corinthians, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Eduardo Valadão estava a poucos metros de Jô, que usou o braço para marcar o gol da vitória corintiana. Mesmo cercado e imediatamente cobrado pelos jogadores vascaínos, o auxiliar não mudou de posição e validou o gol do atacante.

De acordo com o Coronel Marinho, o árbitro adicional estava concentrado em ver se a bola entraria ou não, e assim não conseguiu ver o movimento do Jô para finalizar a bola. Por outro lado, ele não nega que houve um erro da arbitragem no lance.

“Houve um equívoco da arbitragem, mas nada de punição porque é um lance ajustadíssimo. É fácil falar depois, mas se você se coloca na posição dos três [árbitros], até do quarto árbitro, não há como afirmar que eles tenham visto isso [braço do Jô]. Há a reação dos jogadores, mas a gente sabe que, às vezes, é para querer se beneficiar, então nada de punição porque achamos um lance que é do jogo”, disse o Coronel em entrevista ao UOL Esporte.

De acordo com o Coronel Marinho, uma consulta ao vídeo neste lance específico seria bastante útil para identificar o braço do jogador corintiano.

“Este tipo de lance, sim, é o gol ou não gol e se o gol foi legal ou ilegal, é um tipo de lance para um árbitro de vídeo. O lance foi bem atrás da trave e o adicional 1 não consegue ver o braço do Jô porque a trave está na frente dele; o adicional 1 estava na posição certa, na visão certa da jogada, só que ele não vê a dinâmica do corpo do Jô e, quando há o contato da bola com o braço do Jô, que é próximo do ombro, tem a trave na frente. Agora, vendo depois pela televisão, aí sim a gente vê que houve um erro”, acrescenta o Coronel Marinho.

O UOL Esporte conversou ainda com o próprio Eduardo Valadão, que preferiu não comentar sobre o lance por recomendação da Comissão de Arbitragem.