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De badalados a afastados: Felipe Melo e Cícero verão clássico pela TV

Fotomontagem com Felipe Melo e Cícero - Fotomontagem: Mauro Horita/Estadão Conteúdo e Jales Valquer/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Fotomontagem com Felipe Melo e Cícero Imagem: Fotomontagem: Mauro Horita/Estadão Conteúdo e Jales Valquer/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Bruno Grossi, Danilo Lavieri e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

26/08/2017 04h00

Quando a temporada 2017 começou, Felipe Melo e Cícero surgiram como duas das principais contratações de Palmeiras e São Paulo, respectivamente. No entanto, os dois-meio campistas acabaram se envolvendo em polêmicas, foram afastados dos times e agora só vão ver o clássico deste domingo, às 16h, no Allianz Parque, pela televisão.

Cobiçado pelo próprio Tricolor e pelo Flamengo, Felipe Melo chegou ao Palmeiras como uma aposta do diretor de futebol Alexandre Mattos. Com a fama de pitbull, não demorou para conquistar a torcida, quando ainda era comandado por Eduardo Baptista. Apesar de protagonizar uma briga contra jogadores do Peñarol, ainda tinha muita moral.

Depois, com a chegada de Cuca, começou a perder espaço. Para piorar, se envolveu em polêmicas, como a briga com o preparador físico Omar Feitosa, durante um rachão. Cada vez mais escanteado, entrou em rota de colisão com Cuca e não demorou para ser afastado em definitivo do time. De quebra, depois do anúncio da decisão, um áudio com críticas do volante ao treinador vazou.

Para contratá-lo, o Palmeiras precisou desembolsar R$ 8,4 milhões só em luvas. Os salários do jogador são de R$ 300 mil, com direito ainda a uma bonificação por jogo. Nos bastidores, Felipe diz acreditar que ainda possa ser reintegrado em caso de demissão de Cuca, mas ninguém no clube confirma tal possibilidade. De qualquer maneira, até o momento o jogador não cogita a possibilidade de processar o clube.

Peça-chave de Ceni

Cícero chegou ao São Paulo como uma aposta pessoal do ex-goleiro Rogério Ceni - os dos dois jogaram juntos no Tricolor entre 2011 e 2012. Para voltar ao Morumbi, a diretoria contou com o apoio do Fluminense, que com a intenção de fazer uma redução na sua folha salarial, liberou o jogador sem custos e ainda aceitou pagar quase que a metade dos vencimentos do atleta por dois anos.

No São Paulo, Cícero não conseguiu engatar uma boa sequência de jogos. Pior que isso. O meio-campista se envolveu em duas polêmicas: foi atingido por uma prancheta chutada por Rogério Ceni durante um momento de fúria no intervalo de um clássico com o Corinthians; levou o filho para acompanhar um treino no CT da Barra Funda e foi repreendido pelo ex-goleiro - tal situação gerou um mal-estar entre os dois.

A diretoria do São Paulo também não encarou Cícero como um bom negócio. O jogador era visto como uma influência negativa para o restante do elenco e, por isso, os dirigentes resolveram afastá-lo do time, isso quando Dorival Júnior era o treinador. Agora, Cícero trabalha em horários alternativos em relação aos demais jogadores no CT da Barra Funda e, caso não aconteça uma mudança muito grande de percurso, não será mais reintegrado.

Apesar de ainda não ter aceitado muito bem o afastamento, até agora Cícero também não pensa processar o São Paulo. A diretoria do clube e o empresário do jogador, Eduardo Uram, tentam encontrar um destino para o meio-campista. Ele já recebeu propostas do Oriente Médio e outra da Europa, mas as recusou. Como já disputou mais de sete partidas pelo São Paulo neste Brasileiro, não tem como se transferir para outro clube de Série A do nacional neste ano.